Musisz być zalogowany żeby oznaczyć odcinki jako obejrzane. Zaloguj Się albo zarejestruj się.
Sezon 7
Lendo a Brené Brown eu entendi que o medo de não agradar, que é tão humano, assim como o medo de não ser perfeito e o medo de ser vulnerável, esconde o medo da desconexão. O medo de que
.. show full overview
Lendo a Brené Brown eu entendi que o medo de não agradar, que é tão humano, assim como o medo de não ser perfeito e o medo de ser vulnerável, esconde o medo da desconexão. O medo de que algo - que nos mantém juntos - se desplugue, se desconecte, caso a gente se mostre de verdade.
Para evitar essa desconexão, a gente pode ir para muitos caminhos.
Eu vou citar só dois: a gente pode ficar tentando adivinhar o tempo todo o que é que fez o outro ficar. Porque se a gente souber o que fez o outro ficar, a gente pode repetir aquilo. Eu lembro de uma cena da minha adolescência que eu acho que é quase universal e exemplifica muito isso...mas eu te conto amanhã, cê vem?
7x2
S07EP262 - Ansiedade não precisa conter, nem resolver, é só deixar passar
Episode overview
A cena só não era como ele tinha dito, porque tem coisa que é tão bonita, que é difícil de descrever. Na nossa frente parecia que a caverna estava fechada por uma cortina de água. Eu
.. show full overview
A cena só não era como ele tinha dito, porque tem coisa que é tão bonita, que é difícil de descrever. Na nossa frente parecia que a caverna estava fechada por uma cortina de água. Eu estava tão impressionada, que não consegui falar mais nada. A gente ficou um tempo em silêncio meio mudo, meio em comunhão com aquilo tudo. Então, um pouco antes da gente pegar o caminho de volta, o Décio disse: "não parece a nossa mente? Têm horas que a gente pensa que vai se afogar, mas aí a gente continua caminhando e uma hora passa, as coisas assentam, a água baixa e a gente encontra um lugar de calmaria em meio ao caos." E eu só consegui concordar:
"parece muito".
Quando falo de medo de dar certo, geralmente, me refiro ao medo que está colado em sonhos que são nossos. No tema das cenas que imaginamos no meio do banho, quando estamos sozinhos. Nos
.. show full overview
Quando falo de medo de dar certo, geralmente, me refiro ao medo que está colado em sonhos que são nossos. No tema das cenas que imaginamos no meio do banho, quando estamos sozinhos. Nos prêmios imaginários que adoraríamos ganhar:
melhor
medo de dar certo atriz, melhor escritor, melhor desenhista, melhor artista, melhor administrador de finanças.
Mesmo na imaginação, mesmo conscientes de que só estamos descalços e molhados no box do banheiro, sentimos
toda a alegria e a adrenalina. E isso ocorre por um motivo: aquilo é grande e vivo em nós. É nessas coisas que o medo de dar certo costuma vir colado. E vem sempre acompanhado da pergunta: quem sou eu para realizar isso com que sonho muito e há tanto tempo? Quem sou eu?
7x4
SO7EP264 - Tem passo que é mais importante do que o caminho
Episode overview
Não se esqueça que o passo que você está dando é mais importante do que o caminho que você vai encontrar. Até porque o melhor caminho, a gente encontra enquanto anda, enquanto testa,
.. show full overview
Não se esqueça que o passo que você está dando é mais importante do que o caminho que você vai encontrar. Até porque o melhor caminho, a gente encontra enquanto anda, enquanto testa, enquanto experimenta, enquanto se coloca na vida. Acho que se concentrar no passo, garante - em alguma medida - que o destino já chegou. Porque o primeiro passo é o sinal de que algo já aconteceu. Já começou a acontecer, já se movimentou. No meu livro, eu digo isso: não dá para andar e permanecer no mesmo lugar
- e isso é um alívio. Depois do primeiro passo, algum movimento sempre acontece. Mesmo que seja só internamente, mesmo que seja só dentro de você - e esses movimentos que acontecem dentro da gente, sempre antecede todos os outros. Isso é uma das coisas que eu queria dizer a você e a mim hoje.
Mudanças boas também nos desorganizam. Também pedem adaptação, abertura, resiliência. Também nos tiram do lugar e nos lançam ao desconhecido. E - distraídos - por vezes, a gente se
.. show full overview
Mudanças boas também nos desorganizam. Também pedem adaptação, abertura, resiliência. Também nos tiram do lugar e nos lançam ao desconhecido. E - distraídos - por vezes, a gente se ressente disso, dessa dinâmica. Porque se é mudança boa, porque a gente tá se sentindo mexido por dentro?
A sensação, muitas vezes, é de ter pedido um bolo e o que chegou foi: farinha, ovo, óleo, chocolate e fermento. A reação é: "eu pedi o bolo e cê me manda os ingredientes? Cê me manda o trabalho de fazer o bolo?" E é. É assim.
E se dar conta disso, talvez tire um pouco do brilho das mudanças boas, mas como qualquer avanço de consciência, é também o que nos dá a chance de abrir espaço, de construir um lugar, pro que a gente quer. Pro novo. Pro que é bom. É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
Esses dias, uma pessoa muito querida me perguntou: quando é que eu sei que eu estou pronta para viver algo novo? E a resposta mais honesta que eu consegui dar foi: acho que pronto a
.. show full overview
Esses dias, uma pessoa muito querida me perguntou: quando é que eu sei que eu estou pronta para viver algo novo? E a resposta mais honesta que eu consegui dar foi: acho que pronto a gente nunca está. Pronto mesmo acho que nunca. Até porque, pronto, quer dizer acabado. Finalizado. Para se sentir pronto, pronto mesmo, talvez a gente precisaria de uma vida inteira. Porque quando a gente tá pronto, a gente tá sem dúvida, sem medo, sem insegurança, tudo resolvido, acabado, feito.
Talvez, então, o grande lance é perceber quando a gente tá preparado. Preparado é quando a gente sente que dá conta de segurar aquele passo. Nasce em nós uma espécie de convicção de que é aquilo que precisa ser feito. de que é aquilo que você quer fazer, quer tentar.
Preparado para lidar com tudo que é essa mudança. Preparado para mudar a sua rotina para fazer caber ali uma nova casa, uma nova pessoa, um novo sonho, novos medos, novas vergonhas, novas preocupações. Acho que pronto é uma parada fechada, preparado é
Existe um ano novo que começa dia 01 de janeiro. Mas eu acho que há muitos outros anos novos que costuram uma vida. A notícia de uma gestação esperada é um. A mudança de emprego, de
.. show full overview
Existe um ano novo que começa dia 01 de janeiro. Mas eu acho que há muitos outros anos novos que costuram uma vida. A notícia de uma gestação esperada é um. A mudança de emprego, de país, de casa são outros. A chegada de alguém que traz uma sensação boa, um frescor, uma paixão também são espécies de novo novo. Há nesses marcos, algo que começa, um novo ciclo que se apresenta.
Fazer aniversário não é diferente disso - é isso também.
E é por isso que esse ano fiz uma lista de coisas que eu quero levar comigo nesse ano novo - íntimo e pessoal - que começou para mim dia 24 de fevereiro. São coisas que eu já fiz ou ainda faço, coisas que eu quero fazer, mas ainda não consegui. Coisas que, em última análise, vão me fazer bem. E aí quando eu terminei de escrever essa lista, eu pensei que talvez ela valesse para mais alguém, daí a ideia de trazer para cá. Te conto o que tem nela no episódio dessa semana, cê vem? Nessa quarta-feira no @spotify
Esses dias, eu estava tomando café, quando o meu celular apitou com uma mensagem. Ela tinha sido escrito por uma mulher que cresceu acreditando que tinha uma ficha para apostar na vida.
.. show full overview
Esses dias, eu estava tomando café, quando o meu celular apitou com uma mensagem. Ela tinha sido escrito por uma mulher que cresceu acreditando que tinha uma ficha para apostar na vida. E por isso, tinha que apostar bem, porque se errasse o alvo, talvez ela não teria outra ficha para apostar.
Então, por mais que ela amasse meu trabalho, amasse o que eu digo no podcast, era difícil para ela entender como alguém poderia ter "medo de dar certo". Como alguém poderia escrever um livro com esse tema. Para ela era difícil de entender.
Eu entendi o que ela estava falando, e disse: eu não só entendo o que você está dizendo, como me identifico com você. Porque eu também cresci segurando só uma ficha. Mas o que eu entendi é que ter crescido segurando só uma ficha não é o que elimina o medo d dar certo, é o que justifica o medo de dar certo. Mas para eu te mostrar como essas duas coisas se encontram, a gente precisa voltar um pouco no tempo.
É por aí que vai o episódio dessa semana. Cê vem?
No fim, olhando para tudo e vendo que cada coisa, agora, tinha o seu lugar, eu cheguei à mesma conclusão que eu sempre chego toda vez que eu arrumo de verdade alguma coisa: porque eu não
.. show full overview
No fim, olhando para tudo e vendo que cada coisa, agora, tinha o seu lugar, eu cheguei à mesma conclusão que eu sempre chego toda vez que eu arrumo de verdade alguma coisa: porque eu não fiz isso antes?
E a resposta a que eu cheguei, eu já tinha chegado outra vez: porque dá trabalho, porque demanda energia e porque exige uma espécie de confiança. Uma confiança de que a gente tá abrindo espaço para receber outras coisas.
Ficaram espaços vazios. E o espaço vazio é sempre a denúncia de algo que existiu ali. Mas é isso, como eu sempre digo: ocupar espaço não é fazer presença, então, por vezes é melhor o vazio mesmo. Porque o vazio, pelo menos, é o espaço para que outra coisa possa acontecer. É por aí que vai o episódio dessa semana, cé vem?
Chiliquei por cinco minutos, e depois me dei conta de quanto estava sendo infantil e de quanto, na verdade, aquele chilique só escondia o medo de não dar conta. De não saber fazer. Eu
.. show full overview
Chiliquei por cinco minutos, e depois me dei conta de quanto estava sendo infantil e de quanto, na verdade, aquele chilique só escondia o medo de não dar conta. De não saber fazer. Eu estava só apavorada, porque eu disse sim para uma coisa que era primeira vez que eu tava fazendo, e eu achava que não acertar de primeira, era o mesmo do que assinar um atestado de que eu nunca ia acertar.
Percebi para onde eu tinha ido. Pedi desculpas e disse: "não tem nada com você, é que eu jurava que tava ótimo, e o seu olhar só confirmou o que eu já estava sentindo. Tá muito ruim e eu to muito frustrada. Não soube lidar. Desculpa. Cê pode me dizer o que precisa melhor?". Eu só não sabia que, dias depois, com o trabalho pronto, uma frase ia tomar meu corpo: "então eu não era ruim, eu só não tinha me dado tempo o suficiente de errar até acertar." É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
Eu acho que, de modo geral, existem dois tipos de decisão na vida: aquelas que são tipo ponte. E aquelas que são tipo casa. As decisões que são tipo ponte são aquelas que vão te levar
.. show full overview
Eu acho que, de modo geral, existem dois tipos de decisão na vida: aquelas que são tipo ponte. E aquelas que são tipo casa. As decisões que são tipo ponte são aquelas que vão te levar para um outro lugar. E quando a decisão é o caminho. Eu tomei uma decisão ponte, por exemplo, quando eu comecei a juntar dinheiro para comprar o meu primeiro rádio. No início dos anos 2000, não tinha spotify. A gente comprava um aparelho de som, colocava um CD dentro, e escutava as músicas. Um dia, passando na frente dessas lojas de departamento, eu vi um rádio oval. Prateado. Lindo. E decidi que eu a juntar dinheiro por um tempo até que eu tivesse todo o dinheiro para comprar. Decisão ponte é quando você toma uma decisão que, nada mais é, do que o caminho para te levar para outro lugar. Mas tem a decisão casa. E eu te conto mais sobre ela nesse episódio. Cê vem?
Não tinha nada de extraordinário naquele momento, pelo contrário.
Minha casa tava uma zona, e um monte de coisa me esperava no outro cômodo, mas nada disso me importava muito naquele
.. show full overview
Não tinha nada de extraordinário naquele momento, pelo contrário.
Minha casa tava uma zona, e um monte de coisa me esperava no outro cômodo, mas nada disso me importava muito naquele momento, só por aquele agora, eu me sentia ali.
Não sei quanto tempo passou - talvez uma hora. Levantei do chão, quando minhas costas e o meu quadril começaram a doer. Andei até a cozinha e tomei um copo de água, ainda emocionada. Sem entender tudo, mas entendendo alguma coisa.
Acho que a gente tá exposto o tempo todo a tanta informação que a gente tem ficado insensível, como uma forma de se proteger. Uma proteção contra o horror, o indescritível, o mal, as notícias horríveis.
Mas nessa de se proteger, me parece que a gente - ou eu - estamos nos protegendo de tudo. E vez ou outra, a gente precisa levar, delicadamente e afetuosamente, o nosso corpo a sentir o que é bonito também. Por isso que a experiência que eu tinha acabado de viver me atravessou tanto. E a que veio antes dela também.
É por aí que vai o
A gente pode querer que o outro deseje o nosso desejo, porque a gente acha que o nosso desejo é melhor, porque a gente acha que o outro pode mais, porque a gente tem culpa de desejar o
.. show full overview
A gente pode querer que o outro deseje o nosso desejo, porque a gente acha que o nosso desejo é melhor, porque a gente acha que o outro pode mais, porque a gente tem culpa de desejar o nosso desejo sozinho, então a única forma de se libertar disso, é fazer o outro desejar também.
Em qualquer que seja o caso, desejar é intransferível. É algo que só a gente pode fazer pela gente. E algo que só o outro pode fazer por ele mesmo. Cê pode jurar que o outro seria mais feliz escolhendo o caminho que você está vendo, mas não há nada que você possa fazer. Porque há movimentos que só o desejo genuíno dá conta, e desejar é intransferível.
E eu só tô te dizendo isso, porque durante uma faxina em casa, eu fui transportada para uma história que eu escutei anos atrás. E é ela que eu te conto no episódio dessa quarta, cê vem?
Era noite de sábado e depois de passar uns vinte minutos tentando escolher algo que parecia bom o bastante, dei o play no filme "Três Irmãs". Ele conta basicamente a história de três
.. show full overview
Era noite de sábado e depois de passar uns vinte minutos tentando escolher algo que parecia bom o bastante, dei o play no filme "Três Irmãs". Ele conta basicamente a história de três mulheres que precisam se encontrar para tomar decisões sobre uma situação importante, que afeta todas. Mas elas precisam fazer isso, enquanto lidam com as próprias sombras e diferenças de personalidade e visão de mundo que cada uma tem.
Lá pelo meio do filme, Amanda e eu já estávamos sentindo que tínhamos feito uma boa escolha. Mas aí apareceu aquela cena, em que uma das personagens, dizia: "é fácil esquecer que o lado de fora existe. Eu tinha esquecido como é gostoso dar uma saída para respirar um pouco." E aquilo me transportou para anos atrás. É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
Enquanto esperava o trânsito seguir, me dei conta. As tarefas sempre vão existir. Vão continuar surgindo - independentemente do quão rápida eu possa ou consiga ser. E se eu for esperar
.. show full overview
Enquanto esperava o trânsito seguir, me dei conta. As tarefas sempre vão existir. Vão continuar surgindo - independentemente do quão rápida eu possa ou consiga ser. E se eu for esperar terminar todas elas para conseguir descansar ou me sentir autorizada a pausar - eu não vou descansar nunca.
Então é melhor aceitar que a satisfação não pode vir do fim do trabalho, mas da sensação de continuar se movimentando.
Caminhando. E isso nem é só sobre isso também. Mas sobre quase tudo.
As emoções difíceis vão continuar aparecendo, os dias ruins vão continuar existindo, os desafios vão aparecer vez ou outra e as pessoas difíceis tão aí - na mesma medida que estão as legais.
Aceitar que a satisfação não pode vir do fim disso tudo, mas do nosso compromisso de continuar andando - me parece - que é o grande lance, sabe?
Não ficar esperando resolver tudo para descansar e se divertir no viver.
É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
Essas decisões que podem parecer, de longe, procrastinação, negligência, preguiça, fracasso, mentalidade pequena ou qualquer outra coisa, para mim foram autocuidado, porque elas partiram
.. show full overview
Essas decisões que podem parecer, de longe, procrastinação, negligência, preguiça, fracasso, mentalidade pequena ou qualquer outra coisa, para mim foram autocuidado, porque elas partiram de uma análise atenciosa e profunda sobre o que eu precisava no momento.
Autocuidado para mim tem sido cada vez mais fazer as coisas que são importantes para minha saúde e bem estar com constância, mas sem rigidez. Esse significado próprio me permite ter flexibilidade, sem negligência. Sem abandonar tudo. Me faz voltar pro caminho, quando eu me perco.
Mas também ter constância, sem neurose. Porque me parece, também, que essa é a melhor forma de não transformar isso que deveria ser bom numa produção de culpa e autopenitência.
A real é que eu passei o resto do dia pensando naquilo que ela tinha falado: "isso é o meu trabalho e isso não é o meu trabalho". Fiquei pensando em como aquela clareza que ela tinha era
.. show full overview
A real é que eu passei o resto do dia pensando naquilo que ela tinha falado: "isso é o meu trabalho e isso não é o meu trabalho". Fiquei pensando em como aquela clareza que ela tinha era boa pra quem estava com ela, mas principalmente para ela. Porque o que ela estava me dizendo ali, era: "esse tanto de coisa você pode esperar de mim. E esse tanto de cosia aqui não". E eu fiquei pensando que seria bom se a gente levasse essa lógica para outros lugares.
Porque me parece que boa parte dos nossos sofrimentos tem a ver com não saber o que é o nosso trabalho na nossa vida. Ou saber mas não conseguir cumprir.
É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
É preciso suportar o preço das coisas que eu não quero. Acho que a revolução desse mantra é que às vezes a gente acha que coisas ruins não tem benefícios. E tem. Às vezes tem muitos. E
.. show full overview
É preciso suportar o preço das coisas que eu não quero. Acho que a revolução desse mantra é que às vezes a gente acha que coisas ruins não tem benefícios. E tem. Às vezes tem muitos. E saber e aceitar o preço que a gente paga ao dizer não, nos ajuda a sustentar os caminhos.
Em cenários, momentos e importâncias diferentes, eu e essa conhecida estávamos vivendo a mesma coisa: a paralisia causada pela cobrança de fazer o que parecia certo o bastante. Diante de
.. show full overview
Em cenários, momentos e importâncias diferentes, eu e essa conhecida estávamos vivendo a mesma coisa: a paralisia causada pela cobrança de fazer o que parecia certo o bastante. Diante de um espaço inesperado que tinha se aberto na nossa vida, na nossa agenda, no nosso dia, nós duas estávamos nos perguntando: como é que eu uso esse tempo da forma mais certa possível?
Acontece que o problema dessa pergunta, é que ela traz muito peso para algo que não deveria ter esse peso. E quando eu me pergunto o que é certo a fazer, eu tô dizendo que existe uma resposta certa e, portanto, todas as outras são erradas. E isso aciona em nós, uma tensão, uma vigilância e um medo de escolher.
E uma vez escolhido, ter escolhido errado. O resultado é paralisia.
Mas eu consegui sair disso, pegando outro caminho.
E por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
Esse episódio traz uma lista. Mas não é uma lista de tarefas. Não é para ticar tudo, nem riscar, nem pra você ser produtivo. Não é para você vencer, é uma lista que, na verdade, se
.. show full overview
Esse episódio traz uma lista. Mas não é uma lista de tarefas. Não é para ticar tudo, nem riscar, nem pra você ser produtivo. Não é para você vencer, é uma lista que, na verdade, se parece com setas no caminho. E seta é isso...a gente pode seguir ou não. A gente pode só ver que ela existe e voltar depois. Então não tem nenhuma urgência aqui. Não é sobre resultado, é sobre experiência, então você tá livre não cumprir nada, sem culpa. Mas se quiser, espero que, pelo momento que elas duraram, elas te reconectem com o ritmo da vida.
Eu tava lavando a louça que tinha acumulado do dia anterior quando, já perto do fim, me dei conta de que tinham sobrado duas coisas: a panela suja de caldo verde e os copos com resto de
.. show full overview
Eu tava lavando a louça que tinha acumulado do dia anterior quando, já perto do fim, me dei conta de que tinham sobrado duas coisas: a panela suja de caldo verde e os copos com resto de chocolate com leite.
Eu tinha esquecido de colocar água nos dois, então a sujeira tava grudada. Me pareceu que o único jeito de resolver era colocar mais detergente na esponja e mais força. Insistir.
Mas mesmo me esforçando mais, tudo pareceia impermeável.
Então tive que tomar uma nova decisão sobre o que fazer. E a lógica que usei nessa coisa tão simples e cotidiana, me serviu para outros aspectos da vida.
É sobre decisões caldo verde e leite com chocolate o episódio dessa semana, cê vem?
O problema da sociedade da performance não é estimular a busca pelo resultado. Às vezes, o rendimento, a disciplina, a métrica são importante mesmo. O problema é transformar tudo em
.. show full overview
O problema da sociedade da performance não é estimular a busca pelo resultado. Às vezes, o rendimento, a disciplina, a métrica são importante mesmo. O problema é transformar tudo em performance. É fazer a gente buscar medalhas imaginárias em coisas que nem eram para ser competição.
É ver o que era pra ser só um hobbie, só lazer, só descanso, só curiosidade, só diversão, só descoberta, só experimentação, virar algo engessado, e que precisa ser medido a partir de uma lógica bem rígida pra provar pra gente e pro outro que aquilo "rendeu".
E como a gente sai disso? Eu não vejo outra saída que não seja lembrar- a gente mesmo - quando é que a gente tá pelo jogo, pelo resultado, pela vitória. E quando é que a gente tá só pelo prazer, pela brincadeira. Se a gente não fizer essa diferenciação por nós mesmos, alguém vai fazer por - e quase nunca de um jeito que nos faz bem.
Jeśli brakuje odcinków lub banerów (a znajdują się w TheTVDB) możesz zgłosić serial do automatycznej aktualizacji:
Zgłoś serial do aktualizacji
Aktualizacja zgłoszona