Comissão Política

Marcelo Rebelo de Sousa saiu do hospital para casa para falar de "reinvenção" e de casa seguiu para o Palácio de Belém para decidir um veto. Mas o chumbo não foi apenas a uma lei, foi também a quem a fez. A análise sobre a lei do financiamento partidário, a ação do Presidente da República - e o silêncio do presidente da Assembleia da República... - no episódio desta semana. E ainda a ponta final da corrida pela liderança do PSD e coisas que não nos saem da cabeça.

O confronto entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes tem sido agressivo? Então espere pelo que se segue entre o líder do PSD a escolher no sábado e o primeiro-ministro. É do que se fala neste episódio, com espaço ainda para as hostilidades entre Governo e EDP, e para as propostas do Bloco de Esquerda para o Serviço Nacional de Saúde e para a legalização do consumo de canábis para usos medicinais.

Que impacto tem a eleição de Rui Rio no PSD, CDS e na governação?

O PSD ainda não mudou de líder mas a mudança anunciada no PSD já faz mexer a política portuguesa. A esquerda agita-se... e Costa faz juras de amor à geringonça. Marcelo promete dar espaço a Rio... mas bloqueia o bloco central, de olho no futuro da direita.

Da última vez que António Costa garantiu que um ministro não sairia do Governo... saiu mesmo. Centeno terá razões para estar preocupado com a investigação por causa dos bilhetes do Benfica, por muito "ridículo" que o PM possa achar o caso?

Juízes, atuais e ex-governantes, um antigo procurador, um presidente de um grande clube, um ex-vice-presidente de Angola... Conforme a lista dos alvos do Ministério Público engrossa, o PS lança suspeitas sobre a atuação de Joana Marques Vidal e o futuro da PGR parece traçado.

Os bastidores da entrevista de Adolfo Mesquita Nunes ao Expresso, a ameaça de chumbo do Tribunal Constitucional à lei das barrigas de aluguer e o congresso do fim de semana do PSD são os três temas em análise.

José Eduardo Martins volta oito anos depois a uma comissão política - mas à do Expresso. É o primeiro convidado deste podcast. No congresso do PSD, no fim de semana, não conseguiu fazer a intervenção que preparara, e que aqui revela. E analisa os momentos do congresso - e o momento do partido. Incluindo os fenómenos Rio, Montenegro e Elina Marlene Fraga.

O conflito (pouco) latente na bancada parlamentar do PSD em análise na Comissão Política, onde se fala de como o Governo está a assistir de poltrona a essa guerra civil, das jornadas parlamentares do BE e do dinheiro que entra mas não sai dos hospitais. No final há uma música sobre o dia a dia no PSD.

A investigação aos dinheiros de Álvaro Sobrinho em análise, na semana em que Isabel dos Santos ataca a nova administração da Sonangol. A relação entre Portugal e Angola permanece tensa mas Marcelo Rebelo de Sousa vai apadrinhar uma "cimeira da paz" entre os dois países. E que espaço tem o CDS, em véspera de congresso, na sua relação com o PSD?

Adolfo Mesquita Nunes, vice-presidente do CDS, é o convidado desta reunião da Comissão Política em que falamos do congresso do CDS, da ambição de Assunção Cristas, da relação com o PSD e do futuro da direita e arredores.

Se o ridículo matou politicamente Feliciano Barreiras Duarte, a vítima foi também Rui Rio, que obrigou meio país a ir ao Google saber quem é o novo secretário geral do PSD. Isto numa semana de sondagem que aproxima o PS da maioria absoluta - e de um brinde de (muito) papel à Associação Mutualista Montepio.

Depois dos fogos e dos relatórios sobre os fogos, o que está feito, o que está por fazer, e o que já não será feito a tempo da nova época de incêndios? A operação mediática de sábado passado, com Governo e Presidente a ver limpar as matas, foi uma "ação de marketing", como diz Rio, ou uma "ação de desresponsabilização", como diz Jerónimo? José Sócrates está mesmo de volta, ou isso é conversa de bruxaria? E Mário Centeno precisa de ir à bruxa para conseguir o défice mais baixo da democracia?

O ministro dos Negócios Estrangeiros pensou, pensou, e decidiu não retaliar contra a Rússia por causa do caso Skripal, deixando Portugal numa nova neutralidade. Entretanto, o ministro da Cultura está a repensar o modelo de apoio às artes que acabou de ser repensado pelo mesmo ministro da Cultura. Enquanto Castro Mendes pensa e repensa, manda Mário Centeno, que assina os cheques. Somos todos Centeno?

Mário Centeno manda no seu ministério, condiciona o trabalho dos ministérios dos outros, fala do que não é sua competência e deixa avisos a tudo e a todos: aos parceiros do Governo, aos outros ministros e a António Costa. O que vai fazer Centeno com os seus superpoderes?

A duplicação de apoios às viagens de deputados da Madeira e dos Açores já levou a uma demissão, uma promessa de devolução de dinheiro e à convocatória da Comissão de Ética do parlamento. É o prato principal deste episódio, em que se analise também o Plano de Estabilidade já aprovado e o acordo partidário para a negociação dos fundos comunitários.

Apesar das críticas a Centeno e dos recados a Costa, o PCP mantém-se firme no rumo da geringonça. Em entrevista ao Expresso, Jerónimo de Sousa admitiu um novo acordo com o PS após as eleições. Neste episódio analisamos também as últimas revelações sobre os pagamentos do grupo Espírito Santo a Manuel Pinto e a sombra de corrupção que, segundo Ana Gomes, paira sobre o PS.

É de dois silêncios que se fala neste episódio: o de Manuel Pinho e o do PS sobre Manuel Pinho. Mas fala-se também do que quis dizer Marcelo com as palavras que António Costa diz não ter entendido. E do novo pacote legislativo para a habitação.

José Sócrates decidiu abandonar o PS, acusando o seu partido de se juntar à direita "na tentativa de criminalizar uma governação". Quem ganha e quem perde com a jogada do ex-líder socialista?

A descolagem de António Costa em relação a José Sócrates é uma história ainda mal contada. Para o PS, a boa notícia é que o ex-secretário-geral não volta aos jantares da família socialista; a má notícia é que isto ainda não acabou. Segundo Sócrates, está só a começar...

Entre aumentar salários dos funcionários públicos ou contratar mais trabalhadores para o Estado, António Costa anunciou que opta pela segunda opção. PCP e BE não aceitam e garantem que há margem para tudo. A poucos meses do último OE da legislatura, pode esta divergência pôr em causa a "geringonça"? Ou Costa terá apenas tentado desviar as atenções de outros assuntos?

Na semana em que a crise do Sporting concentrou todas as atenções (incluindo dos políticos, que se viram à toa para lidar com Bruno de Carvalho), falamos desse caso, mas também dos conflitos de interesse de Siza Vieira e do congresso do PS. E ainda nos rimos com um burlão à portuguesa e um demagogo à espanhola.

Entre os que puxam para a esquerda e os que descaem para a direita, António Costa faz a síntese: um PS tão moderado e tão centrado que já nem precisa de ter João Galamba como porta-voz.

O congresso da Batalha vibrou com o discurso à esquerda de Pedro Nuno Santos e ovacionou o rigor orçamental de Mário Centeno. O que é que isto nos diz sobre o posicionamento do PS?

Convidámos Sérgio Sousa Pinto para a análise do congresso do PS. Saiu da Batalha um partido mais à esquerda, mais ao centro, ou mais à direita? "Eu oiço tudo e o seu contrário... não me peça para pôr ordem neste caos de palavras", diz Sousa Pinto. "Têm de vir antropólogos estudar isto".

A negociação do OE aproxima-se, os professores protestam, Jerónimo endurece, Catarina acusa, Heloísa indigna-se. Mas António Costa não desarma, mesmo que recorra a argumentos do tempo da troika. E conta com a ajuda de Rui Rio.

As alterações às leis laborais frustraram as propostas iniciais do PCP e do Bloco de Esquerda. A tensão vão ser de novo testada na proposta de lei de bases na saúde, que será discutida por iniciativa do BE. Enquanto isso, o PSD sobe nas sondagens... mas pouco.

O presidente do PSD tem a bancada parlamentar em conflito e membros da equipa que escolheu em contradição com ele. Mas que interessa isto aos portugueses? Interessa a sua agenda, que não tem o tem feito descolar nas sondagens. Temas em análise no episódio de hoje, assim como a greve dos professores e a viagem de Marcelo aos EUA.

Pedro Santana Lopes disse adeus, mais uma vez, ao PSD. Será desta que sai? O que acontecerá à direita se Santana lançar mesmo um partido novo? E o centrão continuará no seu alegre tutti-frutti? Neste episódio não há inocentes. Mas há batatas podres.

O PCP já fala sem assombro da possibilidade de eleições antecipadas e, a julgar pelas últimas semanas, o poder da oposição parece ser Jerónimo de Sousa e não Rui Rio. A corda estica como de costume para o Orçamento do Estado ou desta vez a ameaça de instabilidade é credível? E como vai o "milagre económico", se a economia desacelera? Temas em análise no episódio desta semana do "Comissão Política", a que se junta a agenda do PSD, agora na área da Justiça.

A Comissão Política abre a sessão a falar de João Semedo, no dia da sua morte. Analisamos ainda o caso das armas de Tancos, que afinal não reapareceram quase todas. Aliás, "redesapareceram", parece dizer o Ministério Público, como revelou o Expresso no sábado. E consequências políticas? Debruçamo-nos também sobre o espaço político que Pedro Santana Lopes aponta para um novo partido de direita e sobre o impacto das negociações do código do trabalho, num novo episódio da novela "Tensão na Geringonça".

Mário Centeno lança novos avisos sobre o Orçamento e o comunista Miguel Tiago diz que "o PCP não se deixa comer". A luta na geringonça continua - e também continua dentro do PCP, onde é cada vez mais evidente que há quem não goste desta união de facto com o Governo do PS.

O caso Ricardo Robles é mais do que um episódio isolado: foi o momento em que Catarina Martins teve de gerir a sua primeira crise... e se comportou como os outros políticos. O vereador do BE resistiu, mas acabou por cair. Este é um dos momentos políticos em destaque neste episódio, em que fazemos o balanço do último ano antes de irmos de férias.

As "rentrées" chochas ficaram para trás. Costa marcou terreno no início de agosto e está a preparar um Orçamento cheio de novidades, Santana lançou a Aliança, Rio atacou o Governo, o Bloco criticou Centeno, PCP e CDS preparam o discurso para o próximo fim de semana. E Marcelo assiste de perto mas constrangido pelo que não pode diretamente influenciar, mas está na cabeça de todos: as eleições de 2019.

Não é um episódio gastronómico, mas sobre as "amenidade" entre António Costa e Mário Nogueira, as "fraternidades" com o Bloco por causa da taxa sobre a especulação imobiliária e as acuidades de Rui Rio na oposição. "Há dois líderes partidários que deviam trocar um com o outro".

"Como todas as relações intensas marcadas pela paixão, muitas vezes essas relações são também emotivas", disse o primeiro-ministro em Luanda, onde umas calças de ganga acabaram por ser a primeira notícia. A visita de António Costa a Angola, o conflito dentro do PSD e o próximo PGR são os temas em análise neste episódio.

"A decisão do Governo é que o Infarmed vá para o Porto. Vou repetir uma quinta vez: a decisão do Governo é que o Infarmed vá para o Porto". A frase de António Costa, dita em dezembro, resulta de uma pergunta insistente de Hugo Soares, então líder parlamentar do PSD. O PM deixou a garantia e confessava a inabilidade do Governo na gestão política do tema. Nove meses depois, a decisão sobre a localização do Infarmed, passa para as mãos do parlamento. Falamos ainda do caso de Tancos e a decisão de não renovação do mandato de Joana Marques Vidal.

Com o OE quase arrumado, Costa tem boas notícias para quase todos: funcionários públicos, pensionistas, famílias de menores rendimentos, utilizadores de passe social, apreciadores de contas certas... Mas, inaugurando o conceito de eleitoralismo com rigor, o PM recusa baixar o IVA da eletricidade, reinvindicação do BE e do PCP. O limite das relações na geringonça está traçado: dá para continuar o que existe, mas "não dá para casar".

O ministro da Defesa sabia ou não do encobrimento em Tancos? Por que 49 milhões de brasileiros votaram em Bolsonaro? E como vai Rui Rio disputar legislativas com cada vez mais adversários internos a proporem alternativas? Três temas em análise no episódio de hoje da Comissão Política.

Depois do furacão Leslie, António Costa aproveitou a depressão Azeredo para mandar embora outros três ministros. A um ano das eleições, faz a primeira remodelação digna desse nome, mudando quatro protagonistas. Os novos não riscaram nada sobre o único Orçamento com que terão de trabalhar. O Governo fica mais forte em ano de eleições? Sobre isso, há duas escolas de pensamento.

Confirma-se: o último Orçamento de Centeno é feito à medida do ano eleitoral. Dá qualquer coisa a toda a gente, e faz história com um défice de quase zero. A única coisa que este OE tira são argumentos aos outros partidos. E, para executá-lo, António Costa até tem equipa renovada, depois da inesperada remodelação do fim de semana.

A dias das eleições no Brasil, analisamos o que move Bolsonaro - e o que move dezenas de milhões a votar num homem que deseja aos apoiantes do PT: "petralhada, vocês vai tudo para a ponta da praia" [sic]. Antes, o episódio abre com política portuguesa, porque António Costa é um homem com um plano e uma equipa. E nessa equipa está um ministro talvez incompatível, Pedro Siza Vieira.

No momento em que aprovam o Orçamento do Estado, PCP e BE carregam nas críticas ao documento e os sindicatos endurecem a luta contra o Governo. Se os funcionários públicos são os mais beneficiados pelo OE, queixam-se de quê? Ou será que não são assim tão beneficiados? E o que se passa com Tancos? Afinal, Azeredo Lopes leu mas não percebeu?

As falsas presenças do secretário-geral do PSD no Parlamento, a "nebulosa" do caso Tancos e a entrevista de Catarina Martins ao Expresso em análise neste episódio.

Para a análise da convenção do Bloco de Esquerda e do estado das relações dentro da geringonça, convidámos o "camarado" José Manuel Pureza. O dirigente do BE, que também é vice-presidente do Parlamento, comenta ainda o caso das falsas presenças do secretário-geral do PSD no plenário da Assembleia da República. "Um atentado contra a seriedade dos deputados", diz o bloquista.

Polémica das touradas, sondagem política (em que a distância entre PS e PSD já é de 15 pontos) e visita de João Lourenço a Portugal em análise no episódio de hoje.

Nos três anos do Governo da geringonça, o PS celebrou... atacando os parceiros da geringonça. César acusou-os de estarem "pouco preparados" e de viverem em "ansiedade pré-eleitoral", e Costa recusou aprofundar os acordos à esquerda. São sinais de arrogância - e não são os únicos.

Este episódio começa com gritos. De campanha do PS ou de protesto contra o governo? A resposta descerra o primeiro tema em análise, de arranque nas ruas para o ano eleitoral. Mas analisamos também as mudanças "éticas" no Parlamento, em reação a notícias do Expresso. E ainda a notícia de José Sócrates viver agora numa casa do seu primo, estando ambos envolvidos na Operação Marquês.

Com a França a ferro e fogo, o Brexit num impasse e a Alemanha em momento de sucessão, Portugal parece a milhas da agitação que sacode a UE. Mas também por cá a paz social, que foi um dos trunfos do arranque da geringonça, acabou.

A contestação na saúde recrudesce na mesma altura em que o Governo avança com uma nova lei de bases para regular a relação entre Estado e privados. Na Justiça, o combate político faz-se pelas alterações no Conselho Superior do Ministério Público. Enquanto isso, há (mais) falhas de Estado na segurança.