Nas Nalgas regressam para uma temporada de Verão. E que melhor tema para o calor da época do que o futebol? Ainda por cima nas vésperas de uma final do Euro 2016 com a presença de Portugal. Assim, acompanhados por Hugo Vinagre do blog Relato, exploram o futebol no cinema. Desde filmes a séries, passando por documentários, filmes porno e boataria selvagem, nada escapa à lupa deste muito bem acompanhado trio de ataque. Pedro fica de fora de jogo a acabar um cubo mágico porque, e passo a citar, “Bolas já me chegam as 3 que a natureza me deu”.

Com a idade e a maturidade chega ao fim a necessidade de se dizer "Não, não, só chorei porque o fim do filme coincidiu com aquele momento em que entalei o escroto no fecho ecláir". Nas Nalgas fazem uma catarse com os filmes que puxam à lagriminha, numa espécie de celebração emocional de destilação de estrogénio e lamechice. E o Terminator 2, o que eu chorei com o Terminator 2…

Nos anos 80 caiu sobre nós a maldição de Burton, uma curta sequência de belas obras que nos hipnotizou num encanto inesperado. Haveria se chegar o séc XXI para o Planeta do Macacos refeito nos acordar desse transe para que possamos olhar com olhos de ver para esse icon tornado tarefeiro. Na companhia de Jay Toso, do blog Cinema Sério, vamos tirar-lhe a máscara, com um apoteótico final à Scooby Doo.

Um homem contempla a sua mortalidade. "Não fiz nada desta vida", pensa. E assim se esvai deste plano existencial, frio e vazio, com a consciência de que poderia ter sido feliz se não fosse um bardamerdas. Este é o ponto de partida para a derradeira discussão acerca dos remakes. São maus? São horríveis? Ou serão hediondos? Acompanhados pelo intelecto superior de Edgar Ascenção, o megamítico iconofílico ultratalentoso cineartista BrainMixer, Nas Nalgas exploram a fossa séptica que são os remakes, reboots, re-imaginings, faux-sequels, tie-ins e spinoffs de 360º.

Ninguém põe as Nalgas a um canto, ainda por cima sob a intensa proteção de Pedro Granger. Neste episódio Pedro fala do único filme de dança que viu, da altura em que ainda existia a União Soviética. Por outro lado Miguel e Carlos colocam a lantejoulas e patins e desfilam inúmeros e improváveis títulos. Belas ideias para uma colorida noite em casa, sozinhos à espera que o micro-ondas faça *plim* para poderem mastigar as pipocas fora de validade do Lidl.

Partindo do rico tema cinéfilo que é a comida, depressa o episódio se transforma num alongado monólogo de Pedro, claramente mais excitado do que deveria. Das raízes canibalisticas de algum cinema mais arrojado a uma ode ao leitão assado, tudo serve para decorar ricamente um episódio delicioso a fervilhar de iguarias e doces petiscos. Um episódio servido com batata “vitelotte”, magret de pato, frutos vermelhos, medalhões de vitela com molho roquefort e risotto de cogumelos selvagens. Tudo acompanhado com Vinagre, Hugo Vinagre, que apesar do nome safou-se incólume.

Dragões, essas criaturas míticas que nos assombram os sonhos e iluminam as mais fantásticas histórias. Criaturas que incendeiam as nossas aldeias e roubam o nosso gado pela calada da noite, cujas pilas partilham a mesma alma do que... quê? Quem é que inventa esta merdas? Filmes com dragões, o episódio. Fim.

Melhor que ver um filme abrutalhado e abandonar-se à condição vegetal ensopados em baba e urina é ver um filme inteligente e perceber o que está a acontecer. Mesmo que seja mal compreendido, mas isso é outra história. Nas Nalgas abordam o tema do Brainf**ks acompanhados pelo maior especialista nacional na área. Qual Nuno Rogeiro dos filmes cerebrais, Edgar Ascenção (BrainMixer) acompanha estes gentis bestuntos da imbecilidade por um caminho nunca antes percorrido neste podcast: o da inteligência.

Neste especial único em rico conteúdo científico, o Dr. Miguel (que é de biologia) tira as dúvidas das aberrações científicas de alguns dos filmes mais populares. Desde macacos inteligentes que conquistam o planeta a povos pato, passados por piranhas no pipi. O verdadeiro mythbuster cinéfilo agora no consultório do Dr. Miguel (que é de biologia e casou-se há pouco tempo).

É do conhecimento geral que a perseguição a pé perfeita em cinema seria no crossover entre Waterworld e Jesus de Nazaré, mas dizem os produtores que já foi feito em Moisés e os resultados não forma grandemente impressionantes. Assim, Nas Nalgas palmilham as mais cinemáticas perseguições a pé, numa incansável etapa do podcasting nacional. De Terminator 2 a Mar Adentro, uma correria de filmes cuja dinâmica primordial passa por dar ao chinelo.

Havia na Praia da Galé um homem cujo melhor amigo lhe andava a trair a mulher. Um dia, enervado pela fúria da traição, seguiu-a pelas matas da Serra do Caldeirão para a encontrar numa orgia com 12 homens. Chocado colapsou e teve que ser internado. Transferido para a psicologia, sob pesada medicação, compreendeu que na realidade nem sequer era casado. A sua esposa era criação da sua mente, o sexo era masturbação e a orgia... Bem, digamos apenas que teve alguma dificuldade em sentar-se durante duas semanas. Nas Nalgas falam de David Fincher e dos trailers enquanto benção e maldição em simultâneo.

À primeira vista pode não parecer boa ideia abrir uma franchise do Rui dos Leitões na Arábia Saudita, mas um visionário não deve abandonar a sua visão ao primeiro percalço. Ou ao segundo. Ou ao terceiro. Ou ao chicoteamento público e apedrejamento correctivo. Nas Nalgas dissecam a carreira de Sacha Baron Cohen que é como quem diz "what's up, Vanilla Face?".

Miguel pega na mochila interdimensional, rasga o tecido da realidade e atravessa para o outro lado, o lado das possibilidades infinitas. O lado dos mil lados, o multiverso. Uma realidade onde somos Sultões do hemisfério sul e temos uma equipa de jeitosas só no departamento de felácio. Uma feliz realidade onde não há Nolan e outra negra distopia onde o sol não brilha e não há Indiana Jones. [grito de agonia] Tudo por causa de um comboio. E é essa a premissa para falar desse meio de transporte tão fálico e as suas penetrações no mundo do cinema.

Nas Nalgas homenageiam um icon incontornável da sua mitologia. Falamos obviamente de Stallone, Jacqueline Stallone, a mais famosa Rumpologista do mundo. Para honrar a sua existência fala-se da carreira cinematográfica do seu filho, um jovem promissor e que já vai dando que falar chamado Sylvester Stallone. João Bastos, do blog Revolta da Pipoca 2, é convidado e será ele hoje a ir ao poste pelas mãos dos três podcasters mais coiso de Portugal. Nota: Rumpologia é ler o futuro olhando para o grande nadegueiro e para o ânus dos clientes. Isto é a mais pura verdade porque há coisas impossíveis de inventar.

Algures no Katmandu muda-se o paradigma do James Bond. Um novo e renascido James Bond. Cru, violento, sem doenças sexualmente transmissíveis e um fígado impecável. Porém, as coisas correm horrivelmente mal quando o herói que irá mudar o mundo tem um infeliz acidente testicular que o afasta das luzes da Ribalta. Acompanhados do fenomenal Joca, nas Nalgas abordam mais uma vez as questões nucleares do cinema, do amor, da necrofilia e da vida em geral.

Com as suas avançadas capacidades de hacking, Nas Nalgas do futuro conseguem enviar através do tempo um ficheiro de áudio e substituir o centésimo episódio do podcast (que era merdoso) por um especial gravado em 2261. As revelações que irão fazer mudarão para sempre o fluxo do contínuo espaço-temporal. E um aviso, amiguinhos: o que aqui vão ouvir não são previsões, são testemunhos das realidades que estão para vir.

Numa infinidade de universos paralelos, um há-de existir em que se podem escolher os personagens da nossa realidade. Sentados nesta bela ideia, Nas Nalgas viajam pelas paisagens das primeiras opções de casting que acabaram por não entrar nos filmes das nossas vidas. Memórias de um tempo em que Bill Cosby pincelava noviças esquecidas que, apesar de não se conseguirem sentar bem, não se lembravam da noite anterior.

Um realizador que fez acidentalmente um filme que se revelou um dos maiores sucessos de sempre acordou e abriu a janela. Pensou “que dor aguda é esta nos olhos? Ahhh, é luz!”. E voltou para a sua mansão, isolado do mundo a viver dos rendimentos da única obra que fez. Ao passar-se pela garagem onde mantinha um harém de esposas, namoradas, amantes e mulheres que apenas servem para sexo julgou ter saudades de trabalhar. Era uma ilusão. Riu-se da sua própria tolice e procedeu à fornicação matinal. Neste episódio aborda-se muito pouco o tema do parágrafo anterior e procuram-se actores que desapareceram da face da terra e tantas saudades deixaram. Mas vivos ainda, a maior parte.

Rumores dão como certo que Carlos teve a sua de conta Skype cancelada por causa das badalhoquices que foi apanhado a dizer pela PJ. Para piorar as coisas, Miguel modera um episódio das Nalgas sob a égide de Sandra Bullock. Primeiro episódio do arco narrativo “Miguel em Coimbra” em que Pedro o convence a trazer caramelos, garrafas de licor em forma de touro e chourição ibérico de Espanha.

Darth Vader caminha confiante pela plataforma em direcção a um Luke maneta, aterrorizado e a ponderar o suicídio. Conversa puxa conversa e Luke grita “Tu… Tu mataste o meu pai…”. “Não”, interrompe o vociferante Vader, “Eu…”. É interrompido por um guinchar no painéis superiores. Continua “Eu…”, pára novamente quando repara que um triângulo vermelho de laser de projecta no seu capacete. Consegue ver-se no reflexo da nave, onde anteriormente se tinha deliciado com a imagem do seu majestoso porte. “Sou mesmo bem parecido”, pensou. “Que é esta luz no meu capacete?”. Um inesperado som surdo projectado de uma figura camuflada por cima de Vader e Luke vaporiza por completo o torso do mestre Sith, enchendo a cara de Luke de pedacinhos de sangue e restos de intestino calcinado. Antes de ter tempo de acabar a frase “Oh my Go…”, Luke é instantaneamente esfolado e o seu corpo sem pele ainda a mexer-se em espasmos é elevado para o topo da plataforma. Ouve-se um grito gutural pela nave e, um após outro, os Stormtroopers começam a borrar-se pelas pernas abaixo.

Os homens têm pânico que as suas companheiras saibam o que pensam. Porque fantasiam com as amigas delas, porque fazem contas de como comprar gadgets à rebelia das finanças conjugais ou porque imaginam o dia em que a sogra seja trucidada num jantar de Natal por um T.Rex. Na realidade as mulheres não querem saber, porque nas cabeças dos seus companheiros apenas imaginam que esteja uma turma do infantário a brincar aos adultos. E é no seguimento lógico deste glorioso pensamento que surge o tema. Mel Gibson, obviamente.

Querem jogar um jogo? Miguel invoca o seu diabólico desafio para perturbar os outros dois, não sabendo que estava a entrar no fetiche sexual de Carlos. Terá sido o caçador a presa deste episódio? Eva Green e a sua farfalhante pintelheira, gémeos maus e a falha do ano: esqueceram-se do Star Wars.

Como já vem sendo tradição nesta época, Nas Nalgas apresentam um especial de Natal repleto de histórias de amor, solidariedade e esperança. Um episódio classificado para maiores de 6, para que também os petizes possam usufruir da magia das Nalgas. Miguel, sentado à lareira com o seu roupão de tirilene, é o anfitrião nesta noite de histórias de encantar, concursos de variedades e um cólon robótico.

Será verdade que os homens não poderão nunca saber o que é a dor do parto, a mais excruciante de todas as dores? Mentira. Pedro explica que se pode sentir pior dor e pior trauma. As mutações do corpo, o sangue, os fluidos corporais. Se chegarem ao fim deste episódio, considerem-se criaturas de excepcional força. Numa audiência de testes, metade desmaiou. A outra metade era o Sr. Alves

Passou a Natal e Nas Nalgas regressam para um último episódio da terceira temporada. Faz-se o balanço do último semestre, a malta ri-se para não chorar. Carlos recebe um ramo de flores de um fã. É dia de abrir as mensagens de boas festas deixadas pelos leitores na caixa de voicemail. Uma comunhão de alegria e amor, um altar de afectos. Abrir e degustar cada um daqueles momentos deixados pelo nossos adoráveis amiguinhos, sem sodomizar paralíticas, sem aliviar oralmente Gérard Depardieu, sem deixar morrer criancinhas porque se preferiu um sabre de luz. E principalmente sem fazer nenhuma centopeia humana com o Iggy Pop. Uma eucaristia daquilo que há melhor em nós, Nalgas!