Comissão Política

Este será o ano da maioria absoluta de António Costa ou de uma nova geringonça? 2019 trará a afirmação de Rui Rio, ou a implosão do PSD? Haverá novos movimentos com representação na Assembleia da República? E Marcelo, será mais discreto em ano de três eleições, ou vai ocupar ainda mais o palco?

Professores, direita e Marcelo, eis os três temas deste episódio. Porque as negociações entre o governo e os sindicatos de professores podem ser só para cumprir calendário. Porque vários movimentos de direita se vão juntar numa convenção inédita em Lisboa esta semana. E porque Marcelo, o Presidente hiperativo, não pára um segundo, mas pára reuniões para telefonar para um programa de televisão que (já) é líder de audiências.

Uma semana louca fica marcada por anúncios diários de obras pelo Governo, pela convenção das direitas e sobretudo pelo desafio de Luís Montenegro à liderança de Rui Rio no PSD. O que se segue?

"M" de Montenegro. O desafiador funcionou como suplemento energético do PSD ou fica tudo na mesma? "M"arcelo, o hipervitaminado, anda em Presidência Aberta permanente. E vai fazer mais. Enquanto isso, o Estado falha...

O Presidente da República aproveitou o anúncio de que as Jornadas Mundiais da Juventude de 2022 serão em Portugal, e abriu a porta à sua recandidatura. Antes, já tinha cometido duas gaffes mal digeridas pela diplomacia do Vaticano. "Marcelo, o católico" está, afinal, a ser pouco católico no relacionamento com a Igreja?

O debate da regionalização está de volta. Governo e PSD evitam pronunciar a palavra, mas discretamente estão a abrir caminho para a divisão do país em regiões.

O lado que protege o governador do Banco de Portugal é o do BCE, pois em Portugal os partidos parlamentares parecem unidos nas críticas, mesmo que se desunam na comissão de inquérito em perspetiva. Nas europeias, já há candidatos de quase todos os partidos. No Aliança, "Santana quer ser o seu próprio Sá Carneiro".

A remodelação do Governo, a moção de censura apresentada pelo CDS e a turbulência no setor da Saúde são os temas desta reunião do podcast do Expresso.

Centeno diz que não tem margem para despesas, mas então como ficamos? O Bloco é acusado de ser "mansinho" e o Juiz Ivo Rosa arrasado por "exorbitar competências". Está servido o menu para a Comissão Política desta semana.

A visita do Presidente da República a Angola será um "banho de carinho" que pode trazer um novo tempo nas relações entre os dois países. A Marcelo, basta-lhe ser igual a si mesmo. Como Jerónimo de Sousa tem sido, à frente do PCP, ou como Ricardo Salgado se tem comportado, no pós-BES. Angola, a sucessão no PCP e os escombros do BES são os três temas desta reunião, em que também falamos da moda dos políticos a fazer entretenimento nas televisões.

As sondagens Expresso/SIC desta semana têm várias leituras. Incluindo a da regularidade do quadro partidário. Porquê? Este é um dos temas em debate nesta edição, que analisa também três anos de Presidência de Marcelo e ainda a entrevista de Neto de Moura ao Expresso.

Os novos passes sociais foram iniciativa dos autarcas e surgem depois de uma proposta orçamental do PCP para alargamento dos passes sociais e redução dos custos dos transportes para as populações. Mas quem está na fotografia é o Governo. Este é o tema principal deste episódio, a que se junta o processo inédito no PCP de quem se diz perseguido - e ainda os terroristas que passam por Portugal.

O PS deu a volta ao velho mote de António Guterres - em vez de "no jobs for the boys" (não há empregos para os rapazes), a regra passou a ser "now, jobs for the family" (agora, empregos para a família). E foi o Carlos César (!) a responder às acusações de nepotismo e favorecimento que recaem sobre o Governo.

Nestes dias de passes baratos e défice baixo, o Governo e o PS embrulharam-se na polémica das nomeações de familiares. Os socialistas estão em perda nas sondagens, o PSD dispara nas intenções de voto das europeias, e vem aí um verão seco e de alto risco. Costa conseguirá manter-se sempre em pé?

Os casos do militante histórico do PCP que foi expulso por criticar o apoio dos comunistas ao Governo e o do funcionário despedido pela mesma razão mostram uma estratégia de silenciamento de quem discorda do rumo oficial da direção comunista. E ainda voltamos à polémica das nomeações familiares e olhamos para os novos membros da família CDS.

Mário Centeno apresentou um programa de estabilidade criticado à esquerda e à direita, num momento em que o Governo tenta negociar com uns e com outros. Os socialistas querem aprovar a Lei de Bases da Saúde com o PCP e o Bloco, ao mesmo tempo que estão a cozinhar com o PSD alterações à legislação laboral. Conseguirão?

No país dos depósitos quase vazios, o Governo foi apanhado desprevenido, tremeu e negociou. No fim, deu força a um sindicato quase desconhecido, de métodos pouco ortodoxos. Os camionistas liderados por um advogado cantaram vitória. Pedro Nuno Santos, também. E agora o ministro mais à esquerda quer refletir sobre a lei da greve.

Adalberto Campos Fernandes foi ministro da Saúde de António Costa durante três anos - e hoje voltou à mesa para explicar à Comissão Política como viu o avanço e recuo do Governo nas negociações com o Bloco sobre as PPP na Saúde. Deixa elogios ao PS, um recado ao Bloco e ainda usou as eleições espanholas para deixar um conselho a António Costa: depois das legislativas, é fazer como o PSOE: governar sozinho.

Esta crise mudou tudo, um bocadinho ou quase nada? É o ponto de partida da Comissão Política desta semana, totalmente dedicada à crise política mais breve da nossa história. As negociações, as entradas de leão e saídas de sendeiro, um jogo sobre o silêncio de Marcelo e o destino da "geringonça".

João Berardo foi ao Parlamento gozar com a cara dos deputados e tornou-se o alfa e o ómega dos candidatos às... europeias. É o ponto de partida para uma Comissão Política que não é disléxica e que quer descascar a banca, o fim da crise política e a campanha eleitoral.

Com a campanha mesmo a acabar, falamos de sondagens, fazemos apostas e passamos por outras paragens das Europeias. Atenção, a temperatura está prestes a subir: vão estar 35º no domingo. Vamos a votos?

Depois das eleições a União inclinou á direita, mas também está mais verde e mais liberal. Num Parlamento Europeu muito fragmentado, os velhos blocos socialista e conservador já não decidem tudo. Análise de Pedro Cordeiro e Susana Frexes. Filipe Santos Costa modera.

Depois da vitória nas europeias, Costa continua a olhar para a esquerda, ao mesmo tempo que ensaia um namoro com o PAN. O BE inchou, o CDS desinchou, o PCP foi atropelado e o PSD bateu no fundo. E há legislativas já daqui a quatro meses.

Neste episódio olhamos para o comentário do Presidente Marcelo, em inglês, para a direita ouvir. E também para o pedido de desculpas do Governo, que agora promete investir nos serviços públicos.

Um ministro em choque com os gestores privados da TAP, um ex-governador apanhado em falso na polémica Joe Berardo e um discurso de 10 de junho a pedir motivos de esperança. Pelo meio, a cantora Ágata foi ouvir Rui Rio.

António Costa definiu os salários da função pública como prioridade do PS para a próxima legislatura e abriu a temporada da caça ao voto. PCP, BE e CDS também já estão a divulgar o essencial das suas propostas para as legislaturas. Só o PSD ainda não apresentou bandeiras eleitorais... em compensação, não faltam candidatos à sucessão de Rio.

O PS dispara à esquerda e negoceia com o PSD. É namoro à vista ou fogo de vista? E a Lei de Bases da Saúde? Quem será o pai da criança?

Rui Rio tirou da cartola seis nomes inesperados para encabeçar as listas do PSD nos distritos decisivos - e está por saber se, e em que lugar, será candidato a deputado. Em Bruxelas, a guerra dos tronos parece uma dança de cadeiras.

Na semana em que apresentou cabeças de lista e o cenário macro-económico, o PSD perdeu um vice-presidente. Um amigo e apoiante de primeira hora de Rui Rio que se cansou do seu estilo de liderança e da oposição feita pelo partido. E o PSD voltou ao ambiente de conspiração e caça às bruxas.

A sondagem Expresso/SIC dá ao PS 15 pontos de vantagem para o PSD - e uma crise abissal da direita. Que cenários abriria este resultado para António Costa? E até onde pode ir esta crise da direita?

O PS promete alguma coisa para toda a gente: mais SNS, menos corrupção, mais ferrovia, menos impostos. O PSD queixa-se de que o PS lhe anda a roubar ideias... e de que as sondagens não servem para nada. As mesmas sondagens que colocam o PS na maioria absoluta e o PSD nas ruas da amargura.

No país das golas anti-fumo inflamáveis, Eduardo Cabrita deita gasolina na fogueira e o PS arranja lenha para se queimar. Mas a culpa é do padeiro. Na oposição não é muito diferente: o PSD está em brasa com as escolhas de Rui Rio para as listas do PSD.

A um mês das legislativas, a tendência parece clara: PS a subir, direita a afundar. Alguma coisa ainda pode mudar?

A meio do ciclo de frente a frentes, fazemos o balanço dos seis que já aconteceram, deitamos contas ao custo das promessas eleitorais e discutimos se Centeno está in... ou está out.

Mais de 2,7 milhões de portugueses - e dezenas de comentadores - viram o debate entre António Costa e Rui Rio. Mas entre os analistas não há certezas sobre quem ganhou.

A campanha eleitoral arrancou e, apesar das quezílias com o BE, continuam a faltar ao PS pretextos para dramatizar e apelar ao voto útil da esquerda. Na disputa com a direita, a conversa é outra: Costa e Rio decidiram medir Centenos, na mais estranha competição destas legislativas.

É um facto: a acusação a Azeredo Lopes virou a campanha do avesso. Uma hipótese: o PS sairá prejudicado? Olhamos a polémica, a reta final da campanha e as possíveis consequências - até domingo no que pode vir depois.

Quando Costa diz que quer repetir a geringonça, isso é encenação ou obrigação? E a direita, implodiu ou tem futuro? E os novos pequenos, vieram para ficar ou daqui a quatro anos diremos que já chega?

António Costa vai formar um governo com gente da sua confiança para uma legislatura em que não terá maioria absoluta nem parceiros preferenciais. À direita, o PSD está em modo "gaiola das malucas" (Morais Sarmento dixit), enquanto o CDS é uma gaiola... sem malucas.

O Governo é grande, mas será grande coisa? Conhecidos os nomes que saem e entram, assim como as subidas e descidas de escalão dentro da equipa de António Costa, que sinais quis o primeiro-ministro passar para o que aí vem?

Na semana em que a Comissão Política chega ao episódio 100, foi revelado o elenco completo do Governo e Rui Rio revelou-se em versão homem providencial. O líder do PSD diz que não queria, mas que tem de ser: recandidata-se, argumentando que sem ele o partido está condenado a fragmentar-se. Quanto ao Governo, saiu gordinho e com muita confusão à vista.

O Presidente deu posse ao Governo recorrendo a uma figura de estilo com teor alcoólico. Discutimos a marcação entre Marcelo e Costa, o desafio deste à esquerda e um Parlamento de saia rodada, a discutir o programa de Governo.

Os novos partidos estrearam-se no Parlamento, mas foi por outras razões que deram nas vistas: Ventura tem uma tese de doutoramento que desfaz as suas teses políticas, Joacine dispara tweets contra a esquerda, e Cotrim Figueiredo está à beira de liderar o seu partido, por demissão do anterior líder. Serão dores de crescimento - ou seja, o contrário do que se passa no CDS.

PS, Bloco e CDU decidiram que os três novos partidos não podem falar no debate com o primeiro-ministro. Analisamos as causas e consequências de uma decisão tomada pela calada, mas que tem muito que se lhe diga.

Em clima pré-orçamental, António Costa dá sinais de aproximação à esquerda e Rui Rio reune-se com o líder da extrema-direita. André Ventura ainda agora chegou a São Bento e já está de olho noutros voos: pode vir a protagonizar uma candidatura presidencial contra Marcelo.

Que margem terá António Costa para dramatizar quando PSD, BE e PCP se juntam para reduzir o IVA da energia, uma medida que pode beneficiar milhões de portugueses? E que caminho terão o Livre e Joacine Katar-Moreira para se voltarem a entender, depois da rutura dos últimos dias?

Antes o centro do universo socialista, agora com um orçamento na forja, Centeno passou a alvo - fora e dentro do PS. Mas o ministro não parece disposto a ceder no excedente orçamental. Falamos do orçamento hard e da regionalização soft que António Costa pôs em marcha. E perguntamos se tudo isto aguenta.

Se a velha 'geringonça' não der, António Costa e Mário Centeno arranjam uma nova com os produtos do PSD/Madeira, o PAN e o Livre. Tudo se decidirá nos últimos momentos, o suspense ditará este Orçamento. No PSD, para além da discussão sobre quem é da maçonaria, pouca substância restou do debate entre os candidatos. E o novo pacote da corrupção, será suficiente?

É histórico. Não tem défice. É de continuidade. É insuficiente. Tem limitações relevantes. É Natal. É o expoente máximo da carreira de Mário Centeno, o primeiro ministro das Finanças da democracia com superávite. Analisamos como os jogos estão a ser feitos à esquerda no Orçamento. E Mário Centeno irritou-se tanto porquê? Foi contra os jornalistas, mas também uma maneira de mostrar desagrado com as fugas de informação. Na discussão que teve com António Costa em Bruxelas, o reverso da medalha poderá ser o português ser visto pelos parceiros como um ministro tão independente que vale a pena revalidar-lhe o mandato (e assim Costa poderia continuar a contar com ele). É psicologia política em cima dos milhões orçamentais.