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Temporada 4
Na Guiné, de destacar o período marcado pela morte de Amílcar Cabral e o subsequente recrudescimento do conflito.
Recebendo novos meios, como os mísseis terra-ar "Strela", o PAIGC
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Na Guiné, de destacar o período marcado pela morte de Amílcar Cabral e o subsequente recrudescimento do conflito.
Recebendo novos meios, como os mísseis terra-ar "Strela", o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) condiciona a manobra portuguesa. Isola e ataca quartéis como Guidage e Gadamael e obriga ao abandono de Guileje.
A guerra chega a Tete!
Isso inquieta a Rodésia e a África do Sul que estreitam a cooperação militar com Portugal.
Para controlar as populações, os portugueses promovem o seu aldeamento
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A guerra chega a Tete!
Isso inquieta a Rodésia e a África do Sul que estreitam a cooperação militar com Portugal.
Para controlar as populações, os portugueses promovem o seu aldeamento forçado.
A Frelimo ataca…
A disciplina dos movimentos armados, inclui o recurso a fuzilamentos.
Em Maio de 1973, o quartel de Guidage está cercado pelo PAIGC.
Uma das situações mais difíceis da guerra na Guiné, que o Batalhão de
Comandos Africanos vai tentar resolver...
A
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Em Maio de 1973, o quartel de Guidage está cercado pelo PAIGC.
Uma das situações mais difíceis da guerra na Guiné, que o Batalhão de
Comandos Africanos vai tentar resolver...
A operação Ametista Real, contra uma base do PAIGC no Senegal, resultou em muitas baixas.
O endurecimento da guerra em Moçambique vai determinar o aparecimento de situações novas e novos protagonistas. O caso de missionários espanhóis que acusam tropas portuguesas e
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O endurecimento da guerra em Moçambique vai determinar o aparecimento de situações novas e novos protagonistas. O caso de missionários espanhóis que acusam tropas portuguesas e rodesianas de atrocidades na zona de Mucumbura. Acabam por ser presos, tal como dois padres portugueses que reproduziram essas denúncias nas suas missas: Joaquim Sampaio e Fernando Mendes, párocos da Igreja do Macúti, que são julgados e condenados em Tribunal Militar.
Eles e outros ex-reclusos contam como se vivia na Cadeia da Machava, a prisão da DGS por onde passaram milhares de pessoas ao longo dos anos e que podemos ver através de filmagens surpreendentes existentes no Arquivo da RTP. O governo português persegue e expulsa de Moçambique muitos missionários e padres que, com a sua atitude perante a guerra, entram em ruptura com a hierarquia da Igreja.
A Operação Marosca, conduzida por comandos portugueses, ficou para a história como o massacre de Wiriyamu.
A enfermeira Djamila Dessai, acompanhava o director do Hospital de Tete, o
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A Operação Marosca, conduzida por comandos portugueses, ficou para a história como o massacre de Wiriyamu.
A enfermeira Djamila Dessai, acompanhava o director do Hospital de Tete, o médico José da Paz, a partir daí silenciado pela Pide/DGS.
Os relatos dos missionários chegaram à imprensa internacional, abalando o governo de Marcelo Caetano.
Perante a descoberta, numa aldeia, de quase três dezenas de esqueletos, o governo de Marcello Caetano reconhece a existência de um massacre na zona de Wiriyamu e ordena um novo
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Perante a descoberta, numa aldeia, de quase três dezenas de esqueletos, o governo de Marcello Caetano reconhece a existência de um massacre na zona de Wiriyamu e ordena um novo inquérito.
Mantidos em segredo até agora, os seus resultados são revelados neste episódio de "A Guerra". O caso ilustra também o crescente envolvimento de missionários na luta contra a guerra, atitude que não se confina a Moçambique. Em Lisboa, religiosos e leigos não só fazem uma vigília na capela do Rato, como se aliam à oposição armada que entretanto começa a atuar em Portugal.
Na Guiné, a guerra vai intensificar-se após a morte de Amílcar Cabral. O PAIGC recebe novos apoios dos seus aliados, sendo o mais importante o míssil terra-ar, Strella, fornecido pela
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Na Guiné, a guerra vai intensificar-se após a morte de Amílcar Cabral. O PAIGC recebe novos apoios dos seus aliados, sendo o mais importante o míssil terra-ar, Strella, fornecido pela União Soviética. A Pide desvalorizou as informações que recebeu e a nova arma surpreendeu os portugueses. E levou os pilotos a suspender os voos. Em duas semanas, a Força Aérea perdera quatro pilotos e seis aviões, por acção dessa arma que desconhecia e lhe vai retirar o domínio do ar. A partir de agora, o PAIGC passa a poder atacar quartéis à luz do dia, beneficiando de um condicionamento da Aviação que afecta a segurança da tropa em terra. O conflito caminha para uma guerra convencional, enquanto a guerrilha se moderniza com armamento superior ao português.
Ainda decorria a dura batalha de Guidage e já o PAIGC abria uma nova frente de combate: Guileje, um quartel no sul da Guiné.
Com uma emboscada a guerrilha inicia o ataque.
Após três
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Ainda decorria a dura batalha de Guidage e já o PAIGC abria uma nova frente de combate: Guileje, um quartel no sul da Guiné.
Com uma emboscada a guerrilha inicia o ataque.
Após três dias de bombardeamentos, o comandante optou pela retirada. Um caso único, na história da guerra.
Após mais de um mês de cerco, o quartel de Guidage, resistiu à ofensiva do PAIGC. Mas, entretanto, começava um ataque organizado a uma outra posição portuguesa: Guileje, no sul, fora um
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Após mais de um mês de cerco, o quartel de Guidage, resistiu à ofensiva do PAIGC. Mas, entretanto, começava um ataque organizado a uma outra posição portuguesa: Guileje, no sul, fora um alvo da guerrilha, ainda identificado por Amílcar Cabral.
Após longa preparação, o PAIGC desencadeia fortes bombardeamentos de artilharia. Três dias depois, o comandante considerou não ter condições para defender o quartel e abandonou Guileje com toda a guarnição. Um caso único, em toda a guerra.
Em Gadamael, no sul da Guiné, poderia ter ocorrido um grande desastre militar. Perante ataques do PAIGC, quase toda a guarnição se refugiou no rio, ficando um pequeno grupo a defender o
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Em Gadamael, no sul da Guiné, poderia ter ocorrido um grande desastre militar. Perante ataques do PAIGC, quase toda a guarnição se refugiou no rio, ficando um pequeno grupo a defender o quartel. Spinola ameaça afundar um bote com militares em fuga. Também proíbe o socorro dos náufragos, grande parte civis, mas a marinha e os fuzileiros não cumprem a ordem. Pouco depois, o general deixará a Guiné, dizendo-a indefensável, enquanto Kaulza de Arriaga afirmava que poderia vencer a guerra em Moçambique. Nessa altura, a FRELIMO atuava já em Manica e Sofala, tencionava lançar a guerrilha urbana na Beira e planeava mesmo abater um avião da TAP.
A série “A Guerra” permite, finalmente, conhecer o que se passou na zona de Inhaminga, em Moçambique.
Antigos militares falam, pela primeira vez, dos massacres ali cometidos pela
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A série “A Guerra” permite, finalmente, conhecer o que se passou na zona de Inhaminga, em Moçambique.
Antigos militares falam, pela primeira vez, dos massacres ali cometidos pela PIDE/DGS, com a cobertura do comandante do quartel local: o fuzilamento de centenas de africanos. O caso foi denunciado pela Missão dos Sagrados Corações, num momento em que a Igreja em Moçambique estava dividida entre a hierarquia, que apoiava o governo, e um número crescente de
missionários expulsos, acusados de colaboração com a FRELIMO. Entre estes, contam-se os combonianos autores do documento Um Imperativo de Consciência e também Manuel Vieira Pinto, o bispo de Nampula, que os apoiou.
No início de 1974, o governo manda informar Savimbi de que em breve dará a independência a Angola. Enquanto as autoridades políticas procuram negociar um cessar-fogo, os comandos
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No início de 1974, o governo manda informar Savimbi de que em breve dará a independência a Angola. Enquanto as autoridades políticas procuram negociar um cessar-fogo, os comandos militares tentam aniquilar a UNITA. A FNLA está então pouco activa e o MPLA em grave crise: os seus últimos esquadrões são derrotados no leste do território, enquanto Agostinho Neto é contestado pela Revolta de Leste e pela Revolta Activa, duas facções internas.
O regime derrubado em 25 de Abril não conseguiu resolver o problema ultramarino. Mas sabe-se agora que foram vários os contactos exploratórios com movimentos africanos. Santos e Castro,
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O regime derrubado em 25 de Abril não conseguiu resolver o problema ultramarino. Mas sabe-se agora que foram vários os contactos exploratórios com movimentos africanos. Santos e Castro, parecia disposto a uma atitude radical, face ao governo, em favor de uma solução política. O último governador de Angola parecia retomar a linha do primeiro que fora enviado para enfrentar
os ataques devastadores da UPA, em 1961: o general Venâncio Deslandes que entrou em colisão com Adriano Moreira, Ministro do Ultramar, sendo ambos demitidos por Salazar. Tinha ele um plano emancipalista para Angola? Meio século depois, um membro do seu governo assume que o objectivo era uma autonomia progressiva que caminhasse para a independência. Um projecto que gerou entusiasmo entre a população branca.
Marcelo Caetano teria combinado com o governador Santos e Castro, a proclamação de uma independência de Angola. Seria em Massangano, em 1974 ou 75.
Uma decisão desesperada, numa altura
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Marcelo Caetano teria combinado com o governador Santos e Castro, a proclamação de uma independência de Angola. Seria em Massangano, em 1974 ou 75.
Uma decisão desesperada, numa altura em que já se anunciava uma crescente instabilidade nas Forças Armadas. Perante o reforço do arsenal do PAIGC, que fazia temer por um ataque a Bissau, Spínola declarava a Guiné indefensável e cedia o lugar a Bethencourt Rodrigues, no momento em que a guerrilha proclamava a independência do território. Um legado de Amílcar Cabral, com grande impacto político.
Portugal fica mais isolado no plano internacional, depois da independência proclamada na Guiné, pelo PAIGC. Em Moçambique, à revelia de Marcello Caetano, Jorge Jardim abre uma via para o
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Portugal fica mais isolado no plano internacional, depois da independência proclamada na Guiné, pelo PAIGC. Em Moçambique, à revelia de Marcello Caetano, Jorge Jardim abre uma via para o diálogo com a Frelimo, através da Zâmbia. Com o chamado Programa de Lusaka pensa ter encontrado o caminho para o seu projecto onde tanto cabe o patrocínio dos Grupos Especiais de
Pára-quedistas, como os concursos de misses. Espera contar com figuras como Domingos Arouca, Máximo Dias e Joana Simeão.
Nomes que aderem ao reformismo de Marcello Caetano, em que acreditam também os sectores que organizam o I Congresso dos Combatentes do Ultramar. Uma iniciativa de que se demarcam cerca de 400 oficiais do Quadro Permanente, facto que representou uma primeira atitude de indisciplina colectiva. Os decretos que regulavam o acesso de milicianos ao Quadro vieram, nos meses seguintes, criar um descontentamento que, gradualmente, se tornou político e conduziu ao MFA.
Em Moçambique, os colonos da região da Beira, acusam os militares de inércia perante a FRELIMO. Atacam a messe de oficiais e chegam a planear a morte de Costa Gomes que vai à colónia
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Em Moçambique, os colonos da região da Beira, acusam os militares de inércia perante a FRELIMO. Atacam a messe de oficiais e chegam a planear a morte de Costa Gomes que vai à colónia avaliar a situação. São os chamados Acontecimentos da Beira que irão impulsionar o avanço do Movimento das Forças Armadas. A situação agudiza-se ainda mais com a publicação de Portugal e o Futuro, o livro de Spinola em que Marcello Caetano vê o anúncio do fim do regime. Mas antes disso, haveria ainda o 16 de Março.
No início de 1974, o PAIGC levava a guerrilha a Bissau, conforme Amílcar Cabral determinara no seu último discurso. E continuava a pressionar posições portuguesas. O destacamento de Copá
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No início de 1974, o PAIGC levava a guerrilha a Bissau, conforme Amílcar Cabral determinara no seu último discurso. E continuava a pressionar posições portuguesas. O destacamento de Copá acabou por retirar e Canquelifá obrigou à última grande operação do Batalhão de Comandos. Em outros quartéis, havia entretanto, quem se recusasse a combater o PAIGC e cooperasse com ele no terreno. Ao mesmo tempo, a PIDE não actuava sobre as actividades do MFA que continuava a organizar-se nas colónias e na Metrópole.
O Movimento das Forças Armadas avança na Metrópole e nas colónias. O moral da tropa é baixo e exprime-se em canções de protesto. Na Guiné, a própria PIDE/DGS só acredita numa solução
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O Movimento das Forças Armadas avança na Metrópole e nas colónias. O moral da tropa é baixo e exprime-se em canções de protesto. Na Guiné, a própria PIDE/DGS só acredita numa solução política para a guerra. Tal como em Moçambique, a situação militar agrava-se. Em Angola, enquanto controlam as acções do MPLA e da FNLA, os portugueses procuram um novo acordo com a UNITA. Já depois do 25 de Abril, o movimento de Savimbi mata 17 militares portugueses, na sua mais violenta emboscada.
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