Vale o Escrito

Comandada por nomes como Miro Garcia e o Capitão Guimarães, a velha cúpula do jogo tenta acabar com os conflitos na contravenção com um acordo para dividir territórios e dominar o carnaval. Mas uma nova geração de bicheiros, com Rogério Andrade e Maninho Garcia à frente, ascende ao poder, entra em choque e ameaça a paz no bicho.

Com o assassinato de Maninho Garcia – que estaria invadindo o território de Rogério Andrade –, suas filhas gêmeas, Shanna e Tamara, iniciam uma disputa pela herança da contravenção. Quando seus maridos entram no jogo, a briga vira uma guerra sangrenta. Shanna vê seu marido e seu irmão serem assassinados e escapa de um atentado. Ela acusa seu ex-cunhado Bernardo Bello de cometer os crimes para dominar os negócios da família.

Com o assassinato de Marielle Franco, o nome de Adriano da Nóbrega passa a ser investigado. Ex-caveira do Bope, ele é apontado como fundador do Escritório do Crime e parceiro de rachadinha da família Bolsonaro. Mas sua trajetória no crime vem de antes: ele começa a assassinar a mando dos Garcia até se tornar sócio da família. Em entrevista inédita, a viúva de Adriano relembra sua trajetória. Na Justiça, ela diz que o matador era sócio de Bernardo Bello no Escritório do Crime. Este rebate: quem está por trás das acusações é Rogério Andrade.

Bernardo Bello e Rogério Andrade são acusados de eliminar rivais diretos: respectivamente, Bid Garcia e Fernando Ignácio. Apontados como donos dos maiores exércitos do bicho, os dois entram em rota de colisão. Preocupada com sua sucessão no jogo e no carnaval, a velha cúpula prefere não se meter na disputa - o que abre espaço para surgir uma nova cúpula que pode mudar o destino de Shanna e da família Garcia.