A primeira convidada desta temporada assina como "giselajoaoaberdadeira" no Instagram e se há coisa que podemos ter como certa é a sua consistência no tema. "Inquieta", é o nome do novo disco em que canta nomes maiores da música de intervenção, emprestando-lhes a voz grave e poderosa que conhecemos desde "Gisela João", primeiro álbum que apresentou ao país um talento maior sem medo de ser Louca, nem de falar com extraterrestres, uma skill útil para esta década. Gisela João nasceu em Barcelos, viaja pelo mundo a cantar, faz bordados e bolachas e, durante toda esta conversa, usou um cravo no cabelo. O que é preciso mais? Nada. Carregar no play e ouvir a Gisela João, primeira convidada do "Debaixo da Língua", Temporada 4, powered by Cupra. Que força é essa, amiga? Venha descobrir.

O que faz de uma ideia, uma boa ideia? Hugo Veiga, é o criativo publicitário português mais premiado de sempre. No Festival de Criatividade de Cannes, os óscares da publicidade, ganhou, ao longo dos anos , mais de 60 leões, com campanhas para marcas como a Dove ou Nike, e figuras como Lady Gaga, Usher ou Elton John. Depois de 20 anos a morar fora de Portugal, entre LA e São Paulo, o natural do Porto aterra no "Debaixo da Língua" de Rui Maria Pêgo para falar de sucesso, falhanço, música e beleza.

65 anos, 6 netos, e mais de 20 livros publicados sobre um tema central que lhe atravessa a vida - a Rússia. José Milhazes, o ícone, o historiador, o escritor e o jornalista, é o convidado desta semana do “Debaixo da Língua”. Pai de dois filhos, viveu na União Soviética e depois Federação Russa até 2015. Pelo meio foi tradutor, trabalhou com a TSF, SIC, Público e Antena 1, mas, lá atrás, pouco tempo antes do 25 de Abril, esteve quase para ser sacerdote. Natural da Póvoa do Varzim, cresceu a ver os homens que conhecia a ir para a pesca do bacalhau, embora a sua vida tenha sido totalmente diferente. Ainda acreditará em Deus? O que terá "Debaixo da Língua"? Vodka não será certamente. Uma conversa para compreender melhor a Rússia, os sonhos, a paixão pela utopia, e a clarividência que só a idade traz.

Rita Blanco, 62 anos, é uma das mais respeitadas - e hilárias - atrizes portuguesas com uma carreira de quatro décadas no teatro, cinema e televisão. Luís Miguel Cintra na Cornucópia. Muitos realizadores, entre eles, Manoel de Oliveira, João Canijo, Michael Haneke, Rúben Alves, João César Monteiro ou João Botelho. Na televisão, o epíteto a dar-lhe é: icónica! Rita Blanco na "Noite da Má Língua". Rita Blanco na "Caça ao Tesouro", e Rita Blanco sempre irreprimível e genial. Vencedora de quatro Globos de Ouro como melhor atriz de cinema e de um Sophia como melhor atriz por "Fátima", os verdadeiros prémios da sua vida são os seus cães - é uma defensora corajosa da causa animal. Recentemente participou em "Mal Viver/Viver Mal" de João Canijo, vencedor do Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim, e "A Farsa de Inês Pereira", reimaginação do encenador Pedro Penim sobre o original de Gil Vicente para o Teatro Nacional D.Maria II. É lúcida, generosa, talentosa, e a chamada "peça única".

É a atleta portuguesa de judo mais medalhada de sempre, chegando a ser a número 1 do ranking mundial. Ganhou todos os campeonatos que havia para ganhar: foi campeã do Mundo, da Europa, e representou Portugal cinco vezes nos Jogos Olímpicos. Em 2016, no Rio de Janeiro, trouxe uma medalha de bronze para casa - a coroação de um percurso inédito no judo português. No final do ano passado anunciou o final da sua carreira como atleta de alta performance, e mudou a agulha: está no Benfica a preparar a próxima geração de Judocas. Como será ser a melhor do mundo? E como será deixar uma carreira brilhante debaixo dos holofotes? Novo episódio do "Debaixo da Língua" de Rui Maria Pêgo powered by Cupra.

Um dos primeiros youtubers portugueses a chegar ao mainstream, Kiko is Hot provou que dentro de um quarto pode morar uma porta para o universo - e para uma carreira. Hilariante, contundente, vulnerável, Kiko is Hot é uma das vozes queer mais engraçadas - e relevantes - das redes sociais em 2025, muito também porque consegue incorporar a Padeira de Aljubarrota, a rainha Maria Antonieta ou mesmo D. Sebastião em lives com milhares de pessoas a assistir. Não é para toda a gente. Uma conversa sobre defendermos quem somos, beleza, aceitação, e perdão.

Roberta Medina, 47 anos, tinha apenas 7 quando o pai Roberto Medina lançou o primeiro Rock in Rio, em 1985, no Brasil. Na altura, o país respirava os primeiros fôlegos de um ar sem ditadura. A juventude queria fazer-se ouvir, e ouvir coisas novas. Queen, AC/DC ou Gilberto Gil são alguns nomes da primeira edição que levou 1 milhão e 380 mil pessoas a ouvir Rock. 41 anos depois, com outras incursões em Portugal, Espanha e E.U.A, o que é o Rock in Rio? E quem é Roberta Medina? Na edição desta semana do "Debaixo da Língua" Rui Maria Pêgo conversa com Roberta Medina, a carismática jurada do talent-show "Ídolos", da SIC, e cara visível de uma máquina de fazer espetáculos que já plantou, por exemplo, 4 milhões de árvores na Amazónia e que elevou a fasquia da excelência na produção de eventos ao vivo em Portugal, transformando a paisagem, e agitando a concorrência.

Catarina Oliveira, - "Espécie Rara Sobre Rodas" no Instagram -, é a convidada desta semana do "Debaixo da Língua" de Rui Maria Pêgo. Aos 27 anos, enquanto estava de férias no Brasil, uma dor que já trazia de Portugal alastrou e revelou uma nova realidade: uma mielite transversa, ou seja, uma inflamação da medula. O diagnóstico foi lapidar: paraplegia sem hipótese de recuperação. Estima-se que, em Portugal, mais de um milhão de pessoas viverá com algum grau de deficiência, com outros dados a sugerir um panorama na ordem dos três milhões. Esta semana, conheça melhor a Catarina, uma activista, formadora, nutricionista e figura das redes sociais que utiliza o humor para arrasar preconceitos e enfrentar o capacitismo.

Esta semana, no "Debaixo da Língua" de Rui Maria Pêgo, um daqueles talentos que só nasce uma vez numa geração: Maria João. Nada faria prever que fosse cantora, mas, às vezes, o destino tem outros planos. Filha de pai português e de mãe moçambicana, a sua voz faz acrobacias que nos deixam com o coração em suspenso e a respiração acelerada. Com mais de 40 anos de percurso artístico, já cantou pelo mundo todo, afirmando-se como uma dos vozes mais icónicas do jazz. Muitos discos depois, traz "Abundância", o novo álbum, ao "Debaixo da Língua", uma intersecção entre a sua ancestralidade africana, a portuguesa, e uma ponte para a espiritualidade. Quem somos quando nos permitimos experimentar? Sem medo? Junte-se ao Free Jazz de Maria João e a mais uma conversa de Rui Maria Pêgo.

A estimativa é do Fórum Económico Mundial: são precisos mais de 100 anos para se atingir a igualdade salarial entre homens e mulheres. O que pensará Inês Relvas disto? Nascida na Guarda, mãe de dois rapazes, Inês Relvas é uma feminista convicta e ativa, batalhando diariamente com o equilíbrio da maternidade e a carreira, que começou em estratégia. Estrela brilhante da Boston Consulting Group, onde foi consultora ou como diz a Inês - "médica de empresas" -, foi ainda líder dos "Global Shapers", uma iniciativa do Fórum Económico Mundial, com hubs espalhados pelo mundo. Em Portugal, estão presentes em Lisboa e no Porto. A ideia era simples: arregimentar jovens talentos de várias áreas e pensar o futuro. É isso que a apaixona, a mudança.

Esta semana no "Debaixo da Língua", Filipa Galrão. De Anços, em Sintra, mãe de dois filhos e benfiquista, a nova voz da Rádio Comercial é a convidada de Rui Maria Pêgo desta semana. Dos primórdios do seu percurso na rádio para jovens, Mega Hits, à chegada à rádio mais ouvida do país, onde e quando descobriu a sua voz? Terá sido numa queima das fitas em directo ou a ver as camadas jovens do seu clube a crescer? Conversa entre dois amigos - que fizeram dupla nos 20´s -, perfeita para celebrar os Santos Populares.

Mais rua, menos gabinete. António Brito Guterres é uma cara reconhecível nos média tradicionais pelas suas perspectivas sóbrias e conhecedoras do terreno, e esta semana passa pelo "Debaixo da Língua" de Rui Maria Pêgo. Nascido em 1978, e filho de pais que participaram ativamente nos círculos antifascistas, cresceu na zona de Arroios, em Lisboa, de onde foi lendo, com o passar dos anos, como a desigualdade social, e a nossa origem determinam, infelizmente, grande parte das nossas vitórias. Assistente social com pós-graduação em Estudos Urbanos e doutorando da mesma temática, conhece os vários bairros da periferia da capital, tendo ao longo do seu percurso profissional coordenado jovens dentro do Programa Escolas. Foi Diretor do Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira (CEA-VA), concebendo com parceiros e artistas locais, uma programação cultural, artística, e educativa para o território.

Bumba na Fofinha é o alter-ego de Mariana Seruya Cabral, humorista, que desde 2016 seduz o público português. Primeiro como blogger, depois enquanto youtuber - partir um dedo fê-la descobrir os vídeos em casa. Passou pela rádio, na TSF, foi cara de várias campanhas de publicidade - muitas delas feitas com a sua criatividade - tornou-se uma líder destacada no humor nas redes sociais e, mais tarde, um sucesso de bilheteira com várias datas esgotadas em salas pequenas como o Coliseu dos Recreios (vários) ou o Campo Pequeno (outros tantos). Primeiro com o solo "Suar do Bigode", agora com "Sombra", que terá novas datas em breve. Pelo caminho, Globos de Ouro, um programa de entrevistas (RESET), um podcast (FUSO), uma passagem por Nova Iorque para estudar, muitos foguinhos e palmas no instagram e... Dois filhos! Tem retração gengival? Então, esta conversa também é para si. Temas do episódio: violência, humor, Disney, maternidade, privação do sono e... Dentes.

Vai um gelado antes do fim do mundo? Teria que sabor? Manga? Framboesa? Cookies and dream? Um cone para o apocalipse é a proposta de Capicua, a poeta-escritora-rapper-ícone que lança novo disco: "Um Gelado Antes do Fim do Mundo", 5 anos depois de "Madre Pérola". Do Porto, feminista, socióloga de formação, Capicua é um dos nomes mais influentes da música contemporânea portuguesa - a sua caneta, uma lupa, está mais certeira do que nunca. Letrista não só para si, como para outros artistas, lança livros, e até inventa teatro. Se a generosidade é o novo punk, "Um gelado para o fim do mundo," é uma bússola para um tempo sem poetas. Talvez seja essa a próxima revolução: o regresso da Poesia.