Em Guajará-Mirim, o ponto final da linha, José Máximo Lemos, o Zé do Apito, é o último a usar a estrada de ferro. O ex-maquinista da ferrovia leva no velho Throlle as gerações que nunca
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Em Guajará-Mirim, o ponto final da linha, José Máximo Lemos, o Zé do Apito, é o último a usar a estrada de ferro. O ex-maquinista da ferrovia leva no velho Throlle as gerações que nunca viram o trem. O Throlle foi construído por ele mesmo e usado para transportar trabalhadores na década de 80.
A locomotiva do progresso que um dia transportou sonhos e esperanças, hoje viaja nos trilhos da saudade. “Eu considero a Maria Fumaça uma obra de arte. Como eles conseguiram construir alguma coisa tão linda e tão perfeita numa época tão difícil. E hoje, com a tecnologia que nós temos, não se faz mais Maria Fumaça tão perfeita assim”, diz César Mori Júnior.
Pai e filho. Zé Mário trabalhou na manutenção dos trens a diesel e eletricidade. Seu Vicente dedicou meio século à Maria Fumaça. Homem e máquina se completaram na história do trem. Os caminhos abertos pelos pioneiros movem paixões e carregam saudade. Servem de inspiração na grande viagem da vida. “A ferrovia, como a gente costuma dizer, é uma doença... quando você gosta, você conhece... você pode sair do trem, mas o trem nunca mais sai de você, afirma Seu Vicente.
Se a sua jornada fosse projetada na janela passaria rápida como um trem bala? No ritmo frenético do stress ou na calma da Maria Fumaça, onde cada paisagem é admirada nos detalhes? A estação final todos sabemos qual será, por isso o importante é fazer a viagem valer a pena.