No mais aguardado regresso de Inverno de sempre, Nas Nalgas trazem uma convidada muito especial. Kika Magalhães, atriz portuguesa em grande ascensão em Hollywood, fala-nos na primeira pessoa daquele que foi um dos melhores filmes de terror de 2016: The Eyes of My Mother. Desde segredos de produção à origem das raízes tão lusitanas deste terror/drama americano, passando pelo amor. Ah, o amor, sempre o amor.

Atrasados para mais um dia no escritório, Nas Nalgas enfrentam acidentalmente um poderoso feiticeiro de Hogwarts numa rixa do trânsito. Apesar da liberdade condicional por dedilhagem infantil, o feiticeiro não hesita embruxar os nossos podcasters preferidos. Harry Potter é o centro de gravidade do episódio desta semana e o infeliz humano que teve o azar de ser sugado para o vórtice nalgal foi o João Mealha que jurou para nunca mais.

Num acto de arqueologia podcástica, Dr. Miguel (que é de biologia) consegue recuperar um episódio que julgávamos estar perdido nas areias do tempo. Um episódio dedicado a penteados no cinema. Penteados, amigos… O trabalho que tivemos para o meter na mala do carro, viajar 5 horas até ao deserto no frio da madrugada, enterra-lo antes do nascer do sol e ir beber um bejeca com bifana como se não fosse nada, só para no fim o Miguel o conseguir cheirar e recuperar. Há dias que nem vale a pena sair da cama.

Mais uma vez Nas Nalgas se encontram em apuros ao ver os seus desejos transformados nos piores pesadelos: o amor não correspondido e a gaita em carne viva. E é neste ambiente familiar e de suave pandega que se explora um dos mecanismos mais amados na cinefilia, o plano sequência. Desde os seus humildes inícios com as limitações técnicas até aos dias de hoje com uma miríade de soluções tecnológicas que nos permitem até, imaginem, fazer batota. Não te escondas Alexandre G. Ñarrito, estamos a olhar para ti.

Portugal 2020, o sonho da Hollywood portuguesa segue gloriosamente quando um pacto com o IEFP garante emprego a 100% dos desempregados. O ordenado é mau, as gorjetas são boas. Há gratificações extra a quem se revele especialmente bom anfitrião, muito vezes abrindo a porta das traseiras a pessoas que apreciam o recato e interiores aconchegantes. Scorsese filma o seu próximo épico da Serra do Buçaco e Leonardo di Caprio sofre um percalço. Scorsese de cabo a rabo: os melhores, os quase melhores e os muito bons.

Episódio gravado ao vivo, durante a emissão especial da noite dos Oscars, dedicado a um dos icons da nossa geração. Bill Paxton, o melhor actor secundário de sempre, as melhores citações do cinema e realizador competente. Marido dedicado, casado desde 1987, a quebrar o estereótipo das dezenas de divórcios por celebridade. Nas Nalgas prestam-lhe a sua homenagem, viajando pelos seus papéis mais icónicos e pela sua carreira na realização.

Numa realidade paralela todos as pessoas se fazem passear com a sua própria Dakota Fanning, um pouco à semelhança do smartphone na segunda metade da década 10 dos anos 2000. Nesse mesmo plano existencial, Val Kilmer impressiona com as suas capacidades na área do amor. Nas Nalgas abordam a impressionante e musculada obra de Tony Scott, acompanhados por Pedro Silva do podcast Private Joke. Entre explosões de testosterona e confissões embaraçosas de adolescência é destilada uma pura e refinada essência de Tony Scott que é, afinal, o seu grandioso legado para a posteridade.

No episódio de hoje discute-se fervorosamente a carreira daquele que é já considerado o Pedro Granger brasileiro, o Paulo Pires da nova geração. Falo, claro, de Rodrigo Santouro. 32 segundos depois fala-se do clássico intemporal Battleship em que Rhianna e os seus amigos salvam o mundo de algo que não se percebe bem. Pelo meio o zero absoluto, aquelo gelo espacial tão nefasto que até mata Aliens xenomorfos.

João Bastos, do departamento de estatísticas avançadas “Nas Nalgas” e do blog Revolta da Pipoca 2, apresenta o resultado final da iniciativa #umanoumfilme onde centenas de cinéfilos escolheram o seu filme preferido de cada ano desde o seu nascimento. No entanto nem neste episódio os vossos podcasters se encontram seguros, uma vez que depende do resultado final desta iniciativa a sua integridade física. Desta vez os sarilhos vão materializar-se no mundo real.

Na sequência de um polémico caso de um pequeno erro que estragou por completo o sentido de um texto, Nas Nalgas alteram títulos de filmes e criam novas narrativas. Embrenhados num bizarro transe, desfilam as mais hediondas ideias dando razão àqueles que dizem “Esta merda de cinema não tem nada. Meia estrela.”

No episódio de hoje seremos presenteados com uma Masterclass em Wrestling oferecida pelo maior especialista nacional na matéria, o Diogo Beja. Uma viagem atribulada pelas telas do cinema e TV orientada sob a bussola do Wrestling. Ninguém sairá incólume da experiência que, não matando, mói.

Ben Affleck e a sua terrível gaita prostética ameaçam o cinema. Ninguém sabe quando, como e onde é que o Ben vai aparecer com a nova ameaça, a Canzana surpresa. Serás capaz de escapar à força demolidora de CANZANA BEN [música] e contar a tua história? O Carlos conseguiu, mas não se pode sentar. Fez o episódio de pé. Participação especial de Rafa Santos.

Nas Nalgas partilham momentos emocionais de pura nostalgia das suas primeiras idas ao cinema. Desde a magia das salas à emoção das sessões, tudo é motivo para aquela lagriminha. Enrolem uma gaita de cabo-verdiano em forma de puff, sentem-se e ouçam a magia do cinema.

“Não devemos julgar as pessoas, pois não sabemos pelo que passaram e o que decisões tiveram que tomar para chegar a este ponto.”, dizia-me o meu pai enquanto olhava para um aquário gigante na mesa do jantar de família de Natal onde estava um manatim a quem tínhamos que chamar Tia Eunice. O tema do verão e das liberdades em tempo de férias é o vórtice deste fabuloso episódio das Nalgas que passa as praias a pente fino.

Aproveitando a tendência da Eurovisão e da vitória portuguesa, Nas Nalgas fazem um episódio onde o tema é amar pelos dois. Do ponto de vista da obsessão, obviamente. Entre a ameaça à simetria conjugal e a insensibilidade pissal, os nossos heróis têm pouco espaço de manobra. NOTA: Entrevista exclusiva a Salvador Sobral. A não perder.

O maior pesadelo de um pintelho de Gisele Bündchen é acordar um dia no fundo duma garganta, longe de casa e incapaz de se soltar. É este o ponto de partida para mais uma fábula em formato podcast, hoje sobre a carreira de Top Models no cinema. Muito focado na época dourada dos grandes canhões das passerelles que à falta de smartphones nunca lhes foram apanhadas fotos de felácio.

Faltam dois minutos para a meia noite. Um camião da carne adaptado para discoteca ambulante estacionado junto ao cemitério municipal parece ter sido abandonado. Uma ténue nuvem esvai-se perante a magnificência da lua cheia perfeita. O cartucho de 8 pistas de Tony de Matos toca em loop e ao longe ouvem-se gritos de menina. É o Carlos.A “Sooouuu romântico”, ecoa Tony de Matos pelo silêncio da noite. Nas Nalgas fogem horrorizados. o seu lado Rui Alves de Sousa, ofegante, pergunta porquê. “Eu só vim falar de cinema!”, dizia cambaleando com os trapos ensanguentados daquilo que outrora seria uma bela roupa de domingo. “I Pitty The Foooooo…” ouve-se cada vez mais perto, juntamento com o som que parece ser um volumoso corpo a ser arrastado pelo pinhal. Batatinha sorri no meio de um arbusto, mas a intensidade da lua rapidamente revela que é apenas um torso mal tratado. Um anão malabarista chora a seu lado, tentando recompor as vísceras do seu defunto amigo. “Nem umas calças vestiu”, pensou Pedro enquanto passava por esta visão de horror, em passo rápido. Em vão. Um dor lancinante ao fundo da coluna e depois nada. O vazio. A escuridão absoluta onde nem a luz ao fundo se dignou aparecer. Uma viagem que seria para baixo, para o regaço quente de belzebu.

Carla Rodrigues, talentosa ilustradora que criou o avatar das Nalgas, faz-nos uma visita surpresa. Apanhados com as calças na mão, Nas Nalgas tentam responder à altura e mostrar a esta mulher quem é que manda. Falham miseravelmente. Num episódio sobre a temática dos filmes de gore, a Carla acaba com as cabeças dos 3 podcasters emolduradas por cima da lareira.

Neste episódio podem optar por pagar com cartão ou em dinheiro. Vão querer com NIF? Têm cartão de cliente? Ótimo, não se esqueça dos cromos para as crianças. A caderneta? São 29 euros. Se precisarem de validar o talão para o estacionamento passem pelo Miguel e se sentirem um inesperado sabor a picha e alguma dificuldade em se manterem sentados, foi o Carlos.

Nas Nalgas do Mandarim não é apenas um podcast, é também um número de Cabaret. Agora que se aproximam os exames da Universidade de Verão das Nalgas e a pressão sobe a valores inimagináveis, Miguel decide colocar os seus colegas a raspar o fundo do baú do Letterboxd, essa rede social usada para comparar pilas cinéfilas. Neste caso entumescidos barrotes de carne que se esgrimam como enfurecidas anacondas jurássicas em luta territorial. Nas Nalgas listam os filmes de meia estrela e argumentam o uso desta bomba nuclear da classificação cinematográfica. E filmes de James Bond é o tema, é o teeeeema. Tudo isto no primeiro episódio cantado da história do podcastismo nacional.

Há alturas em que temos que comer os amigos do liceu. Não é a tradicional bombada envergonhada semi-flácida num arbusto atrás do bloco C, é mesmo cozinhar as pessoas numa panela ou o pernil suculento daquela amiga mais nalguenta a rodar num espeto sobre uma crepitante fogueira. É neste pântano que o barco das Nalgas navega hoje, analisando a temática dos filmes de sobrevivência e situações extremas.

No episódio de hoje Nas Nalgas falam da profissão de Carlos, o Travestismo. Depois continuam para o tema do dia, os aviões. Filmes de aviões, aeroportos, controladores aéreos, assistentes de bordo, balões de ar quente, zepelins, helicópteros, reentradas de space shuttles, aves de rapina, passarinhos, remates por cima da barra, nuvens, sítios altos que ainda assim estão no chão (everests e assim), ar, oxigénio, hidrogénio, as moléculas predominantes no ar rarefeito, átomos, fissão nuclear, o sol vai extinguir-se antes da humanidade conseguir terraformar Marte e aquela vizinha do Miguel que andava sempre doida de tesão.

Desaparecido de entre os homens, sua obra restará património da humanidade. John T. Burlinson foi um visionário mal compreendido que não chegou a ver o seu trabalho apreciado e reconhecido. Nas Nalgas prestam-lhe a devida homenagem na data que marca o aniversário do seu suicídio. Desde o críptico Fields of the Nephilim ao Boletins da Máfia passando pelo obscuro “O Afinador”, um dos exemplos máximos de hilariante demência que reside naquele limite do consciente e da pungência do super ego de PH mais ácido. Hoje a faca é a lei, ao bom estilo do Caçador de Cabeças de Bronx.