Fernando Alvim vai à terra mais quente de Portugal, a Amareleja, para conhecer Francisco, um alentejano que sabe rir de si próprio, sempre a contar anedotas - até para ensinar gramática. Ao conviver com esta gente, Alvim conclui que a causa dos recordes de temperatura é não só o Sol... mas também o calor humano.

A D. Fernanda ,mais que fazer vida como vendedora de rua, é ela própria a vida de uma das principais ruas do Porto. Vende meias e oferece sorrisos, serviços de segurança e iscas com arroz de feijão, tudo temperado com uma língua bem picante. Tanto que até conseguiu fazer corar Fernando Alvim.

José Resende foi durante décadas "Zé Mau", segurança da noite em discotecas que vão desde Francelos a Ibiza. Numa epifania, voltou à escola e agora é paisagista, preocupado com plantas, mas também com a mãe que dança tango. Dos tempos em que era "Mau", José Resende manteve a capacidade de fazer flexões só com dois dedos - desde que não coma muita massa, claro.

Pode uma escola mudar uma terra? Claro que sim. E Fernando Alvim comprova-o com a professora Lourdes dos Anjos e as antigas colegas que ajudaram a transformar a então mal-afamada São Pedro da Cova. Por entre poemas e recordações de crianças a irem com fome para a escola, ficam sorrisos e a certeza de terem ajudado a criar uma sociedade melhor.

Alberto e Júlio começaram a trabalhar ainda crianças. Mas nem isso, constata Fernando Alvim, os fez ficarem amargos. Um é o eterno pescador do Furadouro, com uma rima sempre pronta por entre tocadelas no búzio. O outro é o "Tio com mais sobrinhos de Guimarães", faz pregos como poucos, por entre jogos do Vitória. Pelo meio há uma importante lição sobre recusar chamadas conjugais.

Fernando Alvim vai a Peniche e percebe que está cheia de gente boa onda. Calili é um bom exemplo. Instrutor de surf, tem nos alunos da Cerci os preferidos. Quase consegue ensinar surf a Alvim e ajuda um amigo inglês a aprender a língua de Camões com recurso a...Quim Barreiros.