Ao amanhecer o corpo sem vida de um jovem cigano de 12 anos, é descoberto no miradouro do Bom Jesus. O corpo está de braços abertos como se tivesse sido pregado numa cruz. Enquanto a Polícia Científica investiga o local, dois inspetores da brigada de homicídios da Polícia Judiciária, Maria e Jorge, tentam descobrir a identidade do morto o que os leva ao bairro social da Enguardas, onde vive uma numerosa comunidade cigana. As suas diligências são infrutíferas pois ninguém fala com eles...

Identificada a vítima, a investigação avança, mas com algumas limitações devido ao facto de ser desconhecido o local do crime. Maria e Jorge interrogam Valter, aponta António como principal suspeito da morte do irmão. Acontece que Dalila, a irmã de Carlitos, foi entretanto à igreja pedir ajuda a António, por quem está apaixonada e que sabe que essa paixão é recíproca.

Na universidade os alunos esperam pela aula de António, mas ele está a ser interrogado na PJ, que desconfia que o padre António sabe algo que se recusa a revelar. No Paço Episcopal, Monsenhor Abel informa o Arcebispo do interrogatório de António e este fica furioso por lhe ter dado uma segunda oportunidade.

O jornal publica na primeira página que o Padre António é o suspeito da morte de Carlitos. Mas há quem na PJ tente desviar as suspeitas para Valter. Depois do interrogatório, e porque não pode revelar o que Carlitos lhe contou em confissão, António percebe que tem de encontrar provas ou testemunhos que possam incriminar o verdadeiro criminoso e pede ajuda a Alex para tentar encontrar ex-seminaristas que tenham sido vítimas de abusos sexuais quando eles frequentavam o seminário.

Jorge continua a pressionar a imprensa local e os colegas da PJ com a sua tese de que o irmão de Carlitos é o principal suspeito, o que aumenta o desconforto no interior da PJ. Maria continua os interrogatórios às testemunhas, entre eles Helena. No final Maria acha que ela esconde algo. Também António continua a sua investigação pela busca de uma resposta sobre os acontecimentos do passado no seminário e que podem ajudar a família Bonifácio na procura de uma resposta ao que aconteceu com Carlitos.

A polícia volta a interrogar António, pois surgiram vestígios de sangue na igreja. Maria acha que ele esconde algo, no entanto no interrogatório António sai em defesa de Valter. Mas no final do interrogatório António volta a ser o suspeito da morte de Carlitos. António encontra-se perdido. Recorda o momento em que soube em confissão as perturbadoras revelações de Carlitos e não pode pedir ajuda a ninguém, muito menos à Arquidiocese. Lena decide apresentar queixa devido ao vídeo que circula na internet e que a envolve, mas sente os primeiros obstáculos. Valter pede ajuda a Dalila para que os pais acreditem que ele é inocente pela morte do irmão, mas o desespero por tudo o que está a acontecer leva-o a cometer uma loucura.

António denuncia ao Bispo casos de pedofilia na igreja e sente os primeiros anticorpos. O seu gesto terá consequências trágicas. Mas na investigação tudo muda quando Valter é encontrado na residencial sem vida. No local Maria repara na tatuagem de dois garotos de rua. Esta é igual a uma de Carlitos. Consegue convencê-los a falarem com ela sobre tudo o que sabem referente a Carlitos. Maria tenta convencer o chefe a seguir a linha de investigação com tudo o que conseguiu saber através dos miúdos de rua, mas este recusa. Maria fica frustrada.

Alex e António continuam a sua busca por alguém que queira contar o que se passou nos tempos do Seminário. Alex assalta mesmo a instituição para conseguir alguns contactos. Maria não baixa os braços e não desiste de procurar carros com matrículas com AA, o que a leva até um carro suspeito, mas o chefe recusa-se a pedir um mandado para fazerem perícias ao mesmo. Dalila e o pai Bonifácio respiram de alívio. Após as desgraças por que passaram o prometido de Dalila põe fim ao compromisso que unia as famílias. António e Alex encontram-se num beco sem saída, pois não conseguem que alguém fale sobre o assunto. Perante isto, Alex decide falar publicamente, pois também ele foi vítima de abusos. O cerco da investigação começa a fechar-se e o Arcebispo não tem outra solução: entregar Monsenhor Abel. O funeral de Carlitos é um momento de muita emoção e também de despedidas. Mas onde se comprova que o amor vence obstáculos que se pensavam inultrapassáveis.