Seul, 1988. A temporada 2016 estreia com um FALHA DE COBERTURA CLÁSSICO, cobrindo as Olimpíadas de 88. Resgatamos essa fita da época, em que Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes comentam, de forma abalizada e no calor do momento, a derrota da Seleção Brasileira pra União Soviética no futebol masculino por 2x1, perdendo o ouro olímpico e conquistando uma amarga prata. Romário marcou para o Brasil, e atletas de nomes complexos demais para serem escritos aqui viraram para a URSS, na prorrogação. Nossos analistas se debruçam sobre os principais lances da partida na Busca Mental dos Lances, pois não temos permissão do COI para mostrar absolutamente nada; lapidam modalidades inferiores na Análise Relâmpago; e finalizam a atração com o tradicional Forte Abraço.

O Falha de Cobertura destrinchou, através de uma análise minuciosa, quais são as equipes que a Seleção Brasileira olímpica de futebol deveria temer nos jogos do Rio. Craque Daniel, a pedido de Cerginho da Pereira Nunes, abriu espaço para análise dos times da Argentina e Fiji. A primeira, impulsionada pelo mistério; a segunda, pela piedade. A dupla de jornalistas ainda homenageou sua audiência carcerária nas penitenciárias de todo o Brasil e a CBF: dois grandes pilares do futebol e do audiovisual brasileiro.

As Olimpíadas do Rio se aproximam e o Falha de Cobertura, como grande espelho da sociedade que é, reverbera essa emoção através desse programa sobre a expectativa para os jogos. Sobre o futebol, Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes desvendam os métodos do novo técnico da Seleção Brasileira de futebol, Rogério Micale, e investigam os adversários do Brasil na primeira fase: África do Sul (o fantasma), Iraque (o mais exótico) e Dinamarca (o mais difícil, porque é o último e Neymar provavelmente já estará suspenso). Nossos analistas tentam ainda corajosamente compreender os outros esportes através de uma Análise Relâmpago e finalizam com seu famoso quadro de assistencialismo emocional, o Forte Abraço.

Atlanta 1996. Nigéria 4×3 Brasil. Mais um Falha de Cobertura Clássico para dar sequência à contagem regressiva para as Olimpíadas, dessa vez direto dos jogos de Atlanta. Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes tentam digerir uma amarga derrota para a Nigéria com gol de ouro. A puberdade de Juninho; a senilidade de Bebeto; a dificuldade de raciocínio de Rivaldo; a incapacidade para o esporte de Aldair e é claro, Kanu, já que ele é perigoso: todos os fatores da eliminação do time de Zagallo são analisados sem medo da verdade. Nossos analistas ainda apontam a inocência da seleção africana, que ganhou um jogo que já estava perdido, denunciam outros problemas na organização da Olimpíada (como o calor), fazem a tradicional Análise Relâmpago dos Outros Esportes e finalizam o programa um pouco mais cedo, para que Cerginho possa comparecer a um show de rap do jovem das ruas Gabriel o Pensador, que expõe as feridas abertas da sociedade. Forte abraço.

O Falha de Cobertura recebeu o convidado Giacomo, para debater o último amistoso da Seleção Brasileira rumo ao sonho olímpico: um 2×0 com sabor de empate contra o Japão, uma equipe que vem de uma sociedade tão evoluída que permite que o adversário jogue e faça gols à vontade. Bom pros nossos meninos, que precisam mais.

O Falha de Cobertura mais uma vez demonstrou ser o maior oráculo do esporte brasileiro quando declarou há alguns dias que “quem nasce no Iraque não vai ter medo de Gabigol”. E foi o que aconteceu. No programa de hoje, Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes mergulham sem medo no mar de depressão dos 180 minutos sem gols da Seleção Brasileira masculina de futebol nas Olimpíadas até agora: o semblante triste de Gabriel Jesus; os inúteis aplausos motivacionais do goleiro Weverton; a malandragem confusa de Rogério Micale; o aquecimento europeu de Rafinha filho do Mazinho. Após tentarem compreender a situação do Brasil através de análises totalmente racionais, nossos cronistas se viram na obrigação de inaugurar o quadro DESESPERO, um retrato audiovisual cru das cicatrizes abertas do futebol brasileiro. Forte abraço!

Quando as Olimpíadas entraram em sua reta final, o Falha de Cobertura achou de bom tom batizar esse programa de “Reta Final”. O convidado é o suíço-brasileiro Paulo Tiefenthaler, cuja simples grafia do nome já desafia Cerginho. Abalado, Paulo preferiu não comentar a virada sofrida pela dupla suíça para as brasileiras Larissa e Talita no vôlei de praia. Em vez disso, optou com o aval na mesa por abordar a prata do ginasta Diego Hypolito, a inclusão do skate e do skate marítimo nas próximas Olimpíadas e o futebol masculino. Tudo encerrado com um Forte Abraço que injetou a carga de verdade e depressão necessárias para que nossa equipe nunca se acomode.

Conhecidos pelo jornalismo racional acima de tudo, nesse programa Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes se deixam levar pela emoção do fim dos jogos, mas uma emoção direcionada para a informação precisa e análise profunda, como fica claro desde o início. São abordadas a cerimônia de encerramento e os ouros do vôlei e futebol masculinos: o susto com a presença de Arnaldo Antunes (o que poderia significar um possível Carlinhos Brown); o equilíbrio emocional de Bernardinho; e a comemoração imatura de Mícale.

Em seu último programa do ano, o Falha de Cobertura entrega o tradicional Troféu Lucas Mugni de Futebol Masculino Profissional, que vem badaladíssimo com uma incrível festa recheada de grandes nomes do esporte e da imprensa. Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes comandam o evento em grande estilo e, do estúdio abandonado pelos funcionários em férias, anunciam os aguardadíssimos piores nomes de cada posição no Campeonato Brasileiro, além do pior técnico, da pior equipe e o do pior atleta geral. A dupla de analistas ainda brindou Palmeiras e Grêmio com um parabéns pelas suas conquistas.