Na tarde de 26 de dezembro de 1929, a jornalista e escritora Sylvia Serafim Thibau, 28 anos, casada e mãe de dois filhos pequenos, deu um tiro na barriga do jornalista e desenhista
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Na tarde de 26 de dezembro de 1929, a jornalista e escritora Sylvia Serafim Thibau, 28 anos, casada e mãe de dois filhos pequenos, deu um tiro na barriga do jornalista e desenhista Roberto Rodrigues, 23 anos, na redação do jornal “Critica”, de propriedade da família Rodrigues. Naquele mesmo dia, a primeira página do jornal trazia uma reportagem difamatória sobre o desquite de Sylvia, cuja ilustração – assinada por Roberto – insinuava que ela traíra o marido. O desenhista não morreu imediatamente. Padeceria ainda por três dias. O atentado transformou-se em tragédia rodrigueana: três meses depois da morte de Roberto, o patriarca da família, Mário Rodrigues, que nunca se conformou com a perda do filho querido, morreu de trombose cerebral. Cinco meses após a morte de Mário, Sylvia, responsabilizada pelos Rodrigues pelas duas mortes, foi julgada e absolvida, apesar da família ter feito uma das maiores, mais duras e ofensivas campanhas contra uma pessoa na imprensa carioca.